A organização registou a presença de 80 animais, o que significa quarenta parelhas dos melhores exemplares das raças barrosã e galega.
Os prémios variavam entre 20 e 150 euros, para premiarem várias classes de novilhos, touros de reprodução e juntas das duas raças da região.
Em volta do recinto onde alinharam os animais, para verificação do júri, no escadario de acesso ao Santuário, todos queriam assistir a um concurso que ainda é a alma da feira e dos agricultores. E que identifica o mundo rural com a Feira de Gado de São Torcato.
Dentro do Santuário, ao mesmo tempo, decorria a missa solene desta festa popular que tem uma ligação umbilical com o Santo Torcato.
Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, quis em fim de mandato voltar a São Torcato, numa representação oficial e muito nostálgica porque foi aqui que construiu os fundamentos da sua tese de doutoramento.
E de alguma forma passou a identificar-se e a conhecer melhor a cultura popular, num espaço de ruralidade, onde se casam e cruzam tradições, espelhadas em danças e cantares e na vivência de uma população que nasceu rural, se tornou fabril e passou a ter gente dos serviços.
Não faltaram hossanas à feira cuja espiritualidade está ligada à benção dos animais e aos actos religiosos, que ganhou, há muito tempo, adeptos fora de Guimarães – uma junta de bois, era de agricultores de Valença – e que foi em tempos mais remotos um ícone do mundo rural, marcante para os agricultores que faziam – e alguns ainda fazem, do 27 de Fevereiro um dos seus feriados.
Enquanto acontecimento popular, ‘os 27’ – designação abreviada – é também tempo de folia, que junta famílias – num almoço fora de casa, nos diversos restaurantes e similares da freguesia.
À tarde, a garraiada é um momento para rir com as investidas dos mais corajosos que tentam agarrar vacas para gáudio dos inúmeros assistentes, à volta de uma arena improvisada num campo agrícola.
Enquanto demonstração comercial de viaturas utilizadas para lavrar a terra e ajudar o homem em trabalhos agrícolas, não faltam tractores em exposição, ao lado de outras máquinas agrícolas. E enquanto feira, o comércio é variado e vai do doce típico de cavacas, a sortidos de doces mais finos, de fabrico caseiro, que se mostram com uma panóplia de produtos para consumir na feira e em casa.
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