De incidente em incidente, com uma unidade atacada pela luta dos lugares elegíveis, a reunião para confirmar as escolhas do presidente da Federação, não foi pacífica.
A lista – aberta – de Frederico Castro não reunia condições para ser votada, no entender do presidente da mesa da comissão política Luís Soares. Apesar de o critério seguido para a sua elaboração ter sido o de indicar o primeiro de cada concelhia.
O argumento invocado, é o de que, sendo, o nº 1 e 2 da lista – indicados pelo secretário-geral do PS – a escolha de duas mulheres, por exemplo, alteraria a composição dos nomes apontados. E concretizou Luís Soares: surgindo em 5º lugar, Irene Costa – por Vizela – se Pedro Nuno Santos optasse por ter duas mulheres nos primeiros lugares, a candidata passaria para o 8º lugar.
Neste contexto, propôs o adiamento da ratificação da lista do presidente da Federação de Braga para Segunda-feira, uma suspensão da reunião, não acatada pelos membros presentes que continuaram com a reunião já sem a presença da mesa.
Da lista de deputados apresentada por Frederico Castro há conclusões evidentes: de que ‘o peso’ da concelhia de Guimarães – a maior do país – não prevaleceu, o candidato de Braga é o 3º da lista (Pedro Sousa) e o 4º é da concelhia de Guimarães (Ricardo Costa).
As condições votadas na reunião da comissão política do PS Guimarães para colocar um provável substituto de Ricardo Costa, caso este optasse por concorrer à eleição da Câmara Municipal e se fosse eleito, quem tomaria assento na Assembleia da República seria outro. Então o indicado seria Hugo Teixeira – vai na lista por ser o presidente da JS do distrito. Ninguém levou a sério estas recomendações da maior concelhia do PS no país. E o segundo candidato, da concelhia vimaranense, neste caso, a candidata é Gabriela Nunes que foi colocada pelos critérios do presidente da Federação no último lugar da lista (19º).
Também, do presidente da Federação não veio nenhum sinal de apaziguamento, entre as tendências instaladas, pois, nenhum candidato a deputado tem algo a ver com José Luís Carneiro que muitos ainda acham que será o nº 1 da lista de Braga e outros entendem que o lugar será de Mariana Vieira da Silva – o seu pai já foi candidato por Braga.
Neste jogo de escolhas, notou-se que há mais mulheres como presidentes de concelhias no distrito. E Frederico Castro indicou-as para a lista de deputados se, também, fossem a primeira escolha das concelhias.
Hugo Teixeira, presidente da Federação de Braga, da JS também passou para um lugar inelegível (15º) o que deixa a concelhia de Guimarães resumida ao poder ou interesses de Ricardo Costa enquanto presidente da concelhia local.
Frederico Castro entendeu atribuir a si mesmo – como presidente da Federação da lista – o 6º lugar que endossou a um deputado actual que é da Póvoa de Lanhoso, mas não foi indicado pela concelhia, uma vez que prefere continuar como presidente da Câmara. Uma escolha controversa e com critérios dúbios, a lembrar as ‘manobras’ de Joaquim Barreto na composição das listas.
O candidato de Famalicão vai em 7º e o 8º é Vânia Cruz – indicada, simultaneamente por ser a representante das mulheres socialistas e a presidente da concelhia de Vieira do Minho. O candidato nº 9 da lista será outro nome indicado por Pedro Nuno Santos e o de Barcelos figura em nº 10.
A lista foi votada, sem a presença de qualquer membro conotados com Luís Soares/Joaquim Barreto e registou 36 votos a favor. Os 10 votos contra foram assumidos pela JS e pela concelhia de Barcelos, a quem o escalonamento dos deputados não interessa.
Aliás, Frederico Castro admitiu tentar que o 9º lugar, da escolha da comissão política nacional, venha a ser preenchido por candidatos locais e neste caso da JS com Hugo Teixeira a poder estar na fronteira dos elegíveis.
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