O Ministro da Economia foi a estrela de um encontro em que os deputados socialistas de Braga concluíram que fizeram “um trabalho positivo” no parlamento, na segunda legislatura.
Ao seu jeito, António Costa e Silva debitou palavras e números sobre a economia portuguesa, começando por acentuar que guerra israelo-árabe pode repetir o cenário da crise energética 1972/73, apesar das diferenças resultantes do facto de os USA serem, hoje, o maior produtor de petróleo do mundo. Foi breve ao traçar o “risco” do actual mapa geo-político.
Depois deixou claro que “a economia portuguesa é muito resiliente”, pelo seu crescimento, desde 1987, e pelo empenho dos empresários, que apostam nos diversos sectores industriais, destacando que o da metalomecânica é, hoje, um sector pujante, com uma componente exportadora forte. Em suma, defendeu que a economia do país, tem agora “vários motores e um pulmão industrial significativo”, não se cingindo apenas ao têxtil e calçado, com o valor das exportações a chegar aos cerca de 6,3 mil milhões de euros.
É em todos os sectores que “a economia move-se”, dando nota de que Portugal tem hoje 4,9 milhões de trabalhadores e está apenas a 20 mil de poder ter 5 milhões exactos.
Sublinhou que neste mundo do trabalho, há 24% de pessoas com habilitações escolares com formação superior, sinal de que “a inovação funciona neste país”, de que há talento e são muitos os que registam as suas patentes para defenderem as suas criações.
Um senão, que o Ministro assinalou: falta ao tecido empresarial português maior capacidade de colaboração. “Somos muito individualistas” – destacou.
Na sua “lição” de economia, o Ministro juntou mais números e fez mais afirmações para elogiar o tecido económico onde “as tecnológicas ganham valor e espaço”, mostrando-se crente na mudança “de paradigma das empresas”, num país, “onde há mais engenheiros, com Portugal a ser o terceiro na formação desta classe e do seu contributo para que haja mais empresas a operar no sector das tecnologias de informação e do software”.
Elencou os sectores mais fortes da economia nacional com a metalomecânica à cabeça, os produtos farmacêuticos e a indústria química, o agro-alimentar e o turismo, como os ocupantes dos primeiros lugares, onde o Governo “tem puxado o país para cima”.
Com a sua paixão pelos números e a sua apetência por um discurso de frases simples mas tocando em todas as áreas, o Ministro da Economia, ouviu ainda de alguns empresários presentes “queixas” ou sugestões para que quem trabalha em Portugal veja resolvidos os seus problemas do dia-a-dia.
Foi o caso de um empresário que mostrou o seu desespero por ter uma “obra parada meio ano, apenas porque a EDP demorou três meses a mudar um poste de electricidade, de um lado para o outro, num terreno que me pertence, serviços pelo qual paguei 15 mil euros”; houve quem, também, sugerisse ao Ministro a adopção de “um Simplex para o licenciamento industrial”, dando nota de que é aqui que “está factor de dificuldade” que as empresas têm quando fazem investimentos.
O Ministro adiantou que o seu homónimo da modernização administrativa, estão a fazer esforços “para fazer um Simplex para vários sectores económicos”, deixando a crítica de que “a burocracia é o nosso principal inimigo”.
O Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, também esteve presente e falou da segurança pública, “um factor primordial ao investimento”, partilhando os indicadores que asseguram que Portugal e, em especial, o distrito de Braga, são hoje mais pacíficos e mais seguros do que há 10 anos atrás, alertando ainda para os efeitos nocivos e potenciais problemas que factores externos têm introduzido no dia-a-dia dos portugueses, na saúde mental e nos comportamentos.
© 2023 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.