Álvaro Pacheco mostrou as forças com que pretende entrar com o pé direito a dirigir o Vitória como treinador.
Praticar um futebol agressivo, logo atrevido, com o triunfo enquanto meta; fazer com que os jogadores mostrem raça e querer, o mesmo é dizer ambição; quer “a equipa forte à imagem dos adeptos”.
Esclarece que estes serão os mandamentos com que orientará a equipa e aos quais os jogadores terão de dar resposta. Não apenas no jogo, de hoje, com o Famalicão mas até ao final da temporada onde o Vitória tem objectivos para conquistar.
Já se percebeu que o “mister Álvaro” – como o presidente gosta de o tratar – venceu o primeiro embate com a massa adepta, agitando a paixão que os distingue e os torna únicos.
Parece que não se quis apropriar dessa paixão – qual marca dos vitorianos – mas teimou em absorver a sua essência, a forma plástica de se expressar – por palavras, por trajes.
Reconhece que “o tempo foi pouco para passar as suas ideias aos jogadores”, conceitos futebolísticos com que construirá as suas estratégias e esquemas para ganhar mais e muitas vezes. “Queremos – sustenta – construir a nossa ideia de jogo, mas nesta altura importa muito o querer, a atitude e o espírito de conquista”.
Porém, olha para o touro de “caras”, defendendo que “não podemos abdicar da nossa responsabilidade e da nossa determinação ao representar o Vitória”.
Uma ambição que aceitou e um desafio que quer vencer pessoalmente. E que aceita para si próprio que o tempo de preparação não pode servir de desculpa. Acredita que a falta de tempo pode até ser um factor em que suportará a sua ideia de jogo.
“Mais importante do que a estratégia e o sistema é o que nós controlamos nesta altura, aquilo que é a essência do Vitória. Esta é uma equipa ambiciosa e com espírito de conquista e determinada, a fazer as coisas acontecer” e isto pode valer mais do que qualquer tratado futebolístico. Valoriza, assim, esta força do plantel para definir como vai jogar no seu primeiro jogo.
Será esta a vitamina que dará aos jogadores no início do seu ciclo no Vitória. Faz fé nos adeptos, dos quais espera que “sintam orgulho na equipa e nela se revejam”.
Ora são estes “pilares” que para além de definirem o Vitória, serão recurso motivacional para que os jogadores implementem “esta ideologia em campo”.
Sabe, entretanto, que haverá mais tempo, para além do que dispôs entre a sua contratação e a hora do primeiro jogo, à frente do Vitória, Álvaro Pacheco tem pressa, entretanto, em passar este primeiro obstáculo, com múltiplas formas.
Depois do jogo com o adversário que lhe sucede na classificação e tem apenas menos um ponto, o treinador vai encarar nova paragem do campeonato para, então sim, fazer contas ao seu trabalho.
“Com tempo vamos implementar as nossas ideias de jogo, embora indo de encontro às características do plantel” – afirma.
A sua experiência de quatro dias, de trabalho, no Vitória, deixa-o tranquilo e com a certeza que “vamos para o jogo com uma vontade muito grande de conquistar os três pontos. Para isso acontecer, temos de cumprir determinados aspectos fundamentais: jogar com muita ambição e concentração”.
“Os jogadores estão muito disponíveis para ouvir e para aprender, ajudando assim o Vitória a tornar-se cada vez mais forte.”
Diz mesmo que “foi fácil lidar com este grupo, senti-o muito motivado e disponível para ouvir as minhas ideias, aquilo que pretendo aportar para seguirmos um bom caminho. Os jogadores estão muito disponíveis para ouvir e para aprender, ajudando assim o Vitória a tornar-se cada vez mais forte”.
O treinador não desvaloriza o adversário, “forte e que está numa onda positiva”, praticando um futebol “consolidado em função das ideias do seu treinador”.
Lembra que o Famalicão-Vitória está classificado como “um jogo com um grau de dificuldade elevado”, mas lembrou que “nós sabemos quem somos”.
“Somos o Vitória e sabemos bem qual é a nossa ambição. Teremos de ter vontade e determinação para fazer as coisas acontecerem” – vaticina.
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