O RoboCup 2023 decorre de 4 a 10 de Julho, em Bordéus, França, e tem cerca de 2500 participantes provenientes de 45 países, com quase 3000 robôs.
Depois de um ano de trabalho intenso, é importante descrever os resultados do Laboratório de Automação e Robótica (LAR) da Universidade do Minho, localizado no campus de Azurém. Este laboratório de investigação e desenvolvimento tem-se destacado em projectos de robótica, alcançando reconhecimento internacional, e as suas conquistas reflectem o compromisso em promover investigação no campo da robótica e estabelecer-se como pioneiros na área.
Um dos projectos a destacar é o CHARMIE, um robô de serviços domésticos e/ou assistência em saúde. O CHARMIE tem o objectivo de funcionar em ambientes não padronizados, auxiliando em lares familiares, lares de idosos e instituições de saúde. Com o principal foco em soluções com aprendizagem máquina, o CHARMIE aprende e aprimora tarefas através da observação e interacções com o ambiente que o rodeia. A sua participação na liga RoboCup@Home serve como referência para eficiência e eficácia nas tarefas do dia a dia.
Este robô funciona num ambiente doméstico com vários compartimentos, reconhece a habitação, reconhece comandos vocais e responde através de colunas de som, e realiza tarefas tais como: apresentar-se, receber uma pessoa em casa, acompanhá-la e sentá-la num sofá, manter uma conversa, procurar o saco do lixo e levá-lo ao exterior, transportar as malas de uma pessoa, arrumar produtos de supermercado num armário, servir num restaurante, garantir que algumas das regras são cumpridas dentro de uma habitação, fazer um pequeno-almoço, arrumar a mesa do almoço.
Outro trabalho notável do LAR é a equipa de robôs móveis autónomos que jogam futebol. A complexidade deste projecto é de sublinhar, e envolve o design, electrónica, mecânica, programação, comunicação, cooperação entre os cinco robôs da equipa, e a logística para participar em competições internacionais. Desde a sua criação em 1997, este projecto intensivo em recursos tem envolvido vários estudantes cujo foco principal é na electrónica, na programação, na cooperação e na estratégia. Os robôs jogam futebol de forma autónoma, de acordo com as regras do futebol, comunicam entre si, recebem comandos do árbitro, utilizam visão computacional e executam software em tempo real, mostrando muita precisão para marcar golos.
Os membros da equipa do LAR, composta pelos professores Fernando Ribeiro e Gil Lopes, e por estudantes de doutoramento e mestrado, demonstram muita dedicação e conhecimento inabaláveis. Com uma abordagem multidisciplinar, combinam conhecimentos de engenharia electrónica, engenharia mecânica, ciência da computação e comunicação, e introduzem consistentemente soluções de robótica inovadoras, ultrapassando os limites da inovação.
A participação no RoboCup é um feito notável e O LAR é actualmente a única equipa portuguesa a participar na Liga de Futebol Robótico. Estas equipas conseguiram o apuramento directo logo na primeira fase, o que demonstra a sua qualidade.
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