Realizou-se, ontem, uma Assembleia Municipal Extraordinária com um único ponto sobre o Direito à Mobilidade – Plano Nacional Ferroviário. Na sessão, foram apresentados os estudos dos professores Álvaro Costa e José Mendes que responderam, ainda, às questões dos partidos acerca do PNF, em geral, e das soluções apresentadas, em particular.
Os partidos presentes na sessão extraordinária tiveram oportunidade de discutir o Plano Nacional Ferroviário, em discussão pública até dia 28 de Fevereiro, e o que este significa para Guimarães. Em cima da mesa estiveram, também, outras soluções de mobilidade, nomeadamente opções que facilitem a ligação à estação de alta-velocidade, em Braga. O consenso dos estudos aponta para o BRT –Metro Bus– e para o LRT –metro ligeiro de superfície–, sendo que ambos necessitam de vias dedicadas.
Foram apresentadas e votadas moções propostas pelos partidos para a mobilidade em Guimarães, particularmente no que diz respeito à ferrovia. A moção do Chega “O comboio é passado, presente e futuro” foi a primeira a ser votada, propondo que fosse enviada ao Ministro das Infraestruturas, aos grupos parlamentares da Assembleia da República e ao executivo municipal. O intuito é que o executivo “tente por todos os meios e recursos ao seu dispor alterar a posição de Guimarães no Plano Nacional Ferroviário” e “para que este prepare um plano alternativo de urgência onde reúna vários sectores da sociedade vimaranense no estudo”. A proposta foi rejeitada com votos contra do PS e abstenções da CDU e do Bloco de Esquerda.
A segunda moção apresentada foi da CDU, intitulada “Guimarães não pode continuar a ver passar os comboios” que propõe enviar ao Primeiro Ministro, ao Ministro das Infraestruturas e aos órgãos competentes de conduzir o processo de discussão pública da proposta de Plano Nacional Ferroviário, as seguintes deliberações: “Expressar desagrado pelo aprofundamento do desinvestimento no transporte ferroviário em Guimarães em comparação com outros concelhos da região e do país; Solicitar ao Governo a disponibilização pública dos fundamentos técnicos que suportam a sua intenção de abdicar da construção da ligação ferroviária directa entre os concelhos de Braga – Guimarães – Vila Nova de Famalicão – Barcelos; Recomendar inclusão no Plano Ferroviário Nacional da ligação ferroviária directa entre Braga e Guimarães e a ulterior ligação a Barcelos (Linha de concordância), garantindo desta forma a ligação entre os concelhos do Quadrilátero Urbano”. A proposta foi aprovada com a abstenção do Partido Socialista e votos favoráveis das restantes bancadas parlamentares.
Por último, foi votada a moção do PS, “Direito à Mobilidade– Plano Ferroviário Nacional”, deliberando que: “a Assembleia Municipal de Guimarães apele ao governo que seja incluído no Plano Ferroviário Nacional, desde já, a opção por um sistema ferroviário ligeiro, LRT, sistema de transporte público eléctrico sob carris, muitas vezes referido como metro de superfície, entre Guimarães, Braga e a linha de Alta Velocidade; apele ao governo para que inscreva no PRR e no PT 2030 o valor necessário para este investimento tão estratégico para o município e para a região; apele ao governo para que o município possa assumir a propriedade das estações e apeadeiros entre as estações de Guimarães e Lordelo, a fim de instalar o serviço de mobilidade urbana na linha existente”. A proposta foi aprovada com votos contra do PSD, CDU e Bloco de Esquerda, abstenção do CDS e votos favoráveis do PS e Chega.
📸 GA!
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