Guimarães pode mudar de feições, nos próximos 10 anos, com a implementação e concretização das Áreas de Reabilitação Urbana das vilas (9) do concelho e dos parques industriais (4), áreas essas que já começaram a transformar-se em Operações de Reabilitação Urbana, seguindo uma orientação do governo que vem desde 2009. E que Guimarães tardou em adoptar na sua plenitude porque só em 2015/16 decidiu instituir essas ARU’s e ORU’s, e adoptá-las como instrumentos de planeamento e gestão urbanística. E motor de mais investimento, fora da cidade, apostando no policentrismo de Guimarães. Poucos estarão atentos ao impacto das oportunidades que se sentem em torno da classificação de áreas urbanas do território, dos benefícios fiscais e outros daí decorrentes, da possibilidade de financiamento que podem permitir a transformação de prédios e paisagens urbanas. De facto, 10 anos depois da fixação do regime jurídico da reabilitação urbana e sete anos depois da sua reforma em 2012, aproveitar a matriz desta orientação e medida de política pode levar a transformar a cidade e o concelho, com impactos diversos em várias áreas e disciplinas do urbanismo. O impacto, em centros das vilas, alguns degradados que ofuscam a imagem de terras lendárias e históricas, onde há casas a cair e a sujar a beleza natural desses recantos que todos conhecemos, é tão importante, que vale a pena dinamizar e provocar uma conjugação de esforços entre investimentos privados (dos proprietários de prédios) e públicos (do Município), na obtenção de uma nova ordem de progresso e desenvolvimento. É com outras acções incluídas no PEDU – Plano de Desenvolvimento Urbano – que o Município tem aprovado desde Agosto de 2015 e outras constantes das opções que o Município consagra no seu plano de actividades e orçamento anual, tudo isto pode trazer valor à nossa vivência em comunidade, alterar os índices de qualidade de vida. Acrescentando, também a mesma filosofia ao impacto que as áreas de reabilitação urbana e as ORU’s podem ter nos parques industriais para onde estão previstos também investimentos, Guimarães pode beneficiar não apenas de conjunturas mas de acções concretas dos seus agentes políticos e investidores privados, que têm aqui uma oportunidade única de, juntos, promoverem o concelho.
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