- O presidente da Junta de Azurém é o terceiro entrevistado de uma rubrica que pretende fazer o balanço das freguesias na primeira metade do mandato 2021-2025.
- Castro Antunes preside à junta desde 2013, pertencendo ao Partido Socialista. Azurém tem cerca de 8348 habitantes e ocupa à volta de 2,90 km² de área do concelho de Guimarães.
Estamos praticamente a meio do mandato que se iniciou em 2021 e termina em 2025. Que balanço pode fazer destes dois anos transactos e perspectivas para os próximos?
É um balanço positivo. Os actos eleitorais traduziram a vontade do povo, que entendeu reconduzir quem trabalha e se dedica 24 horas por dia à população de Azurém, uma das maiores freguesias de Guimarães e que, por isso, exige um permanente empenho e acompanhamento da sua realidade quotidiana. Nestes dois últimos anos, é importante lembrar que vivemos em período de pandemia, tivemos que nos ajustar aos novos desafios, dedicamo-nos a perceber quais as necessidades das pessoas e continuamos a trabalhar no ordenamento da freguesia. Esta Junta vive o dia a dia das pessoas, assegurando em permanência a resolução dos problemas que nos são propostos, sempre com a perspectiva de um futuro melhor.
Quais têm sido os principais desafios e conquistas desde o início do seu primeiro mandato à frente da Junta de Azurém?
Comecemos pelos desafios: centro escolar, requalificação do centro cívico, ampliação do cemitério e intervenção no espaço de trabalho dos serviços administrativos da Junta. Em relação às conquistas, destaco a proximidade! Proximidade com as escolas, professores e alunos, proximidade com associações e com os nossos fregueses na resolução de problemas. Naturalmente que tivemos muitas obras, com realce para a intervenção estruturante efectuada na rua de Francos, que alterou por completo o seu perfil rodoviário, ou a obra efectuada na Volta do Pedroso, que transformou aquele elo de ligação na entrada nascente da cidade de Guimarães. Noutro âmbito, privilegiamos a intervenção social, com o apoio à Refood e a aquisição de uma viatura ao serviço da comunidade, a par da implementação dos projectos Oficina das Letras, Vida Feliz e Miúdos Activos.
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“Trata-se de um projecto muito bem sucedido que promove a literacia e a inclusão social de pessoas.”
Segundo os dados da Câmara Municipal, Azurém tem um índice de envelhecimento de 126,3%. Tem medidas previstas para combater esta percentagem? A freguesia está preparada para dar resposta à realidade etária da população?
Temos um projecto de alfabetização de adultos, que se denomina Oficina das Letras, com a coordenação da professora Liliana Ribeiro, que nesta altura tem 105 pessoas inscritas. Trata-se de um projecto muito bem sucedido que promove a literacia e a inclusão social de pessoas que não tiveram oportunidade de, um dia, poder estudar e adquirir conhecimento. Através da dinamização de oficinas de escrita, leitura, alfabetização, culturais e recreativas, o projecto, em curso desde 2017, tem o apoio do Município de Guimarães e da Junta de Freguesia e é direccionado para adultos com idades compreendidas entre os 55 e os 100 anos! O lema é olhar para a pessoa como um ser individual. Acompanhando a tendência crescente do número de idosos, a Oficina das Letras tem como desafio para este ano de 2023 o Projecto 65+, promovido pela divisão de Acção Social da Câmara Municipal. Será um desafio que nos ajudará a conhecer a população idosa da freguesia, quais as suas necessidades, combater de certa forma o isolamento e sempre que possível trazê-los para a comunidade, “saírem de casa”, em síntese, será formada uma equipa para dar resposta social a cada necessidade.
A Junta de Freguesia de Azurém promove algum tipo de incentivo à natalidade e/ou à fixação de população jovem? Que medidas têm implementadas ou pretendem implementar?
Durante largos anos, foi na nossa freguesia que muitos vimaranenses nasceram, mais precisamente no antigo hospital. Temos, portanto, uma boa tradição ao nível da natalidade. Na verdade, Azurém beneficia de uma centralidade urbana ímpar, numa cidade única, onde nasceu a nacionalidade. Todos os nossos projectos acabam por ser transversais à questão colocada. Queremos uma freguesia viva, com pessoas activas e uma comunidade dinâmica, com habitação a custos acessíveis. O Centro Escolar de Azurém é um dos objectivos a concretizar e não tenho dúvidas que constituirá uma forte medida para atrair mais famílias, num polo de ensino moderno, onde vão imperar o conforto e a qualidade nas suas infraestruturas.
“A Junta de Azurém acompanha e vê com bons olhos a era digital.”
Tendo em conta a era digital em que vivemos, tem planos para uma modernização tecnológica dos serviços da Junta?
As pessoas da nossa freguesia escolheram autarcas com sentido de responsabilidade, amor à causa pública, dedicação ao próximo e sentido contemporâneo. Não iremos nunca desiludir na missão que nos atribuíram! A Junta de Azurém acompanha e vê com bons olhos a era digital. As Assembleias de Freguesia são já gravadas, temos a nossa página de internet e presença constante e actualizada nas redes sociais. Outro objectivo alcançado foi a instalação de vigilância do cemitério para evitar danos e prejuízos às famílias que têm ali os seus entes queridos sepultados.
Sendo Azurém a freguesia que acolhe o maior campus da Universidade do Minho em Guimarães, há um problema identificado relativamente à habitação para jovens estudantes? Se sim, têm soluções em vista?
A falta de habitação é uma preocupação geral. Estamos em diálogo permanente com a Câmara Municipal para tentarmos encontrar uma solução. Há um projecto de habitação universitária destinado para as antigas instalações da empresa Gabel, que serão transformadas numa residência para estudantes com habitações a rendas acessíveis.
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Qual é o orçamento previsto para este ano? Quais são as principais actividades/planos estipulados nesse orçamento?
Para 2023, o orçamento é de 270.716,86€. Entre as principais áreas de intervenção, destaco o apoio concedido no âmbito da acção social, com realce para o projecto Oficina das Letras e para o Projecto 65+. Noutro âmbito, a Junta de Freguesia de Azurém é também a sede da Refood, cujo centro de operações visa eliminar o desperdício de alimentos e fazer a respectiva distribuição por famílias carenciadas. Temos ainda um forte apoio concedido a colectividades da freguesia e incentivo à promoção do desporto, com aulas de hidroginástica e os projectos Vida Feliz e Miúdos Ativos, além de uma profícua cooperação com directores, professores e associações de pais das escolas da freguesia. Outro objectivo em vista é a realização de obras nas instalações da sede de Junta.
“Esta relação de proximidade é, sem dúvida, fundamental para a execução do nosso projecto eleitoral.”
Considera que o financiamento da Câmara para o orçamento da junta de Azurém é suficiente para o que necessita e gostaria de fazer na freguesia?
O ser humano, por natureza, ambiciona sempre mais e eu, como presidente de Junta, desejo sempre mais e melhor para Azurém, assim como o senhor presidente da Câmara pretenderá, igualmente, mais obras e novos projectos para o concelho de Guimarães. Julgo que este pressuposto subjaz à nossa missão. A Câmara tem sido uma aliada das Juntas de Freguesia e vai, certamente, continuar a ser. Esta relação de proximidade é, sem dúvida, fundamental para a execução do nosso projecto eleitoral.
Parece-lhe que Azurém tem tido o interesse e investimento apropriado por parte da Câmara e da população?
A Câmara Municipal de Guimarães, liderada pelo Dr. Domingos Bragança, vê com bons olhos o progresso de todas as freguesias, de uma forma equitativa e adequada às suas necessidades, não sendo Azurém a excepção.
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