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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

CDU: propõe sessão extraordinária da Assembleia Municipal sobre o tema da mobilidade

Economia

Na sequência da Mesa Redonda realizada ontem, Terça-feira, e considerando que o Plano Nacional Ferroviário se encontra em discussão pública até final de Fevereiro, a CDU, com o objectivo de discussão do tema da mobilidade, irá propor às demais forças políticas o agendamento de uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal. Em Braga, vai proceder ao agendamento de um ponto específico em reunião da Câmara Municipal.

Ontem, dia 24, a Coligação Democrática Unitária promoveu uma Mesa Redonda sobre o tema “O direito à mobilidade, o reforço dos transportes públicos e as falhas do Plano Nacional Ferroviário”, em Guimarães, na Casa da Memória. Participaram Francisco Asseiceiro, da Comissão para os Assuntos Económicos junto do Comité Central do PCP, Mariana Silva, da Comissão Executiva do Partido Ecologista Os Verdes, João Baptista, membro da Assembleia Municipal de Braga, da Assembleia da CIM – Cávado e da Comissão de Trabalhadores da Infra-Estruturas de Portugal, e Torcato Ribeiro, membro da Assembleia Municipal de Guimarães.

Dezenas de pessoas incluindo utentes de transportes, membros de estruturas representativas dos trabalhadores e de associações ambientais, participaram na conversa que abordou o tema da mobilidade, “as carências da oferta existente, as consequências de anos consecutivos de políticas de direita e as falhas da proposta de Plano Ferroviário Nacional (PFN) em discussão pública neste momento”.

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“A realidade da região de Braga reclama soluções que, por opção política, tardam em ver a luz do dia.”

Para João Baptista são necessárias políticas diferentes das que têm vindo a ser implementadas. “A realidade da região de Braga reclama soluções que, por opção política, tardam em ver a luz do dia. A proposta de PFN que está em discussão pública, por exemplo, considera o abandono da construção da ligação ferroviária directa entre Braga – Guimarães e da ligação ferroviária entre os concelhos do quadrilátero urbano. Falam em alternativas que, em boa verdade, não o são, e que correspondem ao enfraquecimento da CP e do transporte público”. Para o eleito autárquico, em Braga e na CIM do Cávado não se compreende que a intermodalidade continue adiada, ao contrário do que se verifica nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.

Francisco Asseiceiro mencionou o Plano Ferrovia 2020 que, “passados 2 anos do término dos prazos, as obras concluídas representam apenas 15% do investimento previsto”. Para este membro da Comissão de Assuntos Económicos junto do Comité Central do PCP, a proposta de PFN é “apenas um estudo de itinerários e serviços que tem sido utilizado para ocultar o que não foi concretizado nos planos anteriores”. Olhando para a região de Braga e para o PFN, Francisco Asseceiro alertou que a proposta de criação de ligações BRT entre concelhos se “insere numa estratégia para continuar a sub-valorizar a CP, com todas as consequências negativas daí decorrentes”.

Na sua intervenção, Mariana Silva referiu que “num momento em que se acentuam os problemas ambientais, com visíveis consequências das alterações climáticas, a exigir medidas enérgicas e determinadas, e em que as crescentes dificuldades das populações reclamam soluções para assegurar novas poupanças, a questão da mobilidade emerge como central”. Para a dirigente do PEV, a “perigosa dinâmica de especulação dos preços e de aumento do custo de vida”, o reforço dos transportes públicos é um elemento fundamental. Recordou a importância do PART e da baixa dos tarifários que permitiu que milhares de pessoas pudessem aceder aos transportes e abdicar do transporte individual.

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Nas opiniões suscitadas pela plateia foram expressas vários exemplos concretos da insuficiência da oferta de transportes públicos em Guimarães e noutros concelhos, a forma desarticulada como a disponibilidade dos transportes muitas vezes acontece e as condições precárias e baixos salários dos motoristas.

No encerramento da iniciativa, Torcato Ribeiro afirmou que os eleitos da CDU nas autarquias da região de Braga vão “dar voz às preocupações partilhadas na iniciativa”, procurando que os contratos celebrados entre as Câmaras e CIM Ave e Cávado respondam as necessidades das populações aos compromissos assumidos.

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