O vereador do PSD, Ricardo Araújo, apontou críticas, mas também elogios, ao aproveitamento feito do AvePark, onde ocorreu a reunião de Câmara desta Quinta-feira.
Partindo do facto da reunião de Câmara se realizar no AvePark, centro de ciência e tecnologia da cidade, e se dedicar à temática da ciência, Ricardo Araújo, presidente do PSD Guimarães, expôs “dois pontos, um negativo e um positivo” relativos aos últimos 20 anos do parque.
O social-democrata começa por felicitar a escolha do local para o encontro do executivo municipal, mas rapidamente aborda o tema da acessibilidade ao AvePark e a necessidade de mais oferta de habitação na zona do mesmo.
Ricardo Araújo recorda que o local começou a ser desenvolvido em inícios dos anos 2000 com inauguração em 2008, reiterando que “ao longo desse período o Partido Social Democrata sempre se bateu que este parque de ciências e tecnologia, para ter sucesso, tinha que ter uma acessibilidade rápida a este local, ao centro da cidade, às principais ligações rodoviárias, ferroviárias e até aeroportuárias”. Em relação à gestão municipal, sublinha que “o partido socialista, a verdade é que nunca, nesses inícios, deu atenção a esta necessidade”.
O presidente da câmara, Domingos Bragança, em resposta, apesar de consentir com os outros pontos, admite: “Não concordo com a questão da acessibilidade”.
Rui Vieira de Castro, Rui L. Reis, Delfina Soares, Pedro Arezes, Luís Pereira e Filipe Chaves. 📸 Município de Guimarães
No tema da habitação, o vereador do PSD aponta a “continuação da falta de habitação, de oferta de habitação que é fundamental para captar as empresas, também, para termos aqui empresários, para termos aqui trabalhadores, para termos aqui o IPCA, para termos aqui estudantes”. Acrescenta: “Estamos numa zona onde não temos oferta de habitação compatível com aquilo que é necessário, com aquilo que é a necessidade, com aquilo que é a procura para a instalação de um Centro de Ciência e Tecnologia, como é o caso do AvePark”.
“O que não tem é verbas por parte do Governo para esta obra, para já”.
Nas considerações finais à imprensa, Domingos Bragança tocou na temática da habitação, a propósito de uma questão sobre a candidatura para uma residência no AvePark. “Nós candidatamos para residência universitária para estudantes e investigadores aqui no AvePark e ela foi elegível, foi eleita para financiamento no âmbito do PRR, o que não tem é verbas por parte do Governo para esta obra, para já. Mas o que o governo disse em reuniões públicas é que iria reforçar a lotação no âmbito do PRR para todas as residências de estudantes que foram elegíveis”, esclareceu.
Complementa afirmando que acredita que também o Município de Guimarães vai “ter condições financeiras para executar, para realizar esta residência aqui no AvePark, que é muito importante”. Relativamente à habitação pessoal ou para famílias, refere que “junto à periferia ou na proximidade dos parques industriais deverá haver habitação, parques habitacionais, zonas de moradia”, garantindo que estão “a trabalhar nesta nova geração de plano director municipal”.
📸 Município de Guimarães
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