O desenlace entre Pepa e a Vitória SAD teve dois momentos que António Miguel Cardoso justificou como as razões para o fim da relação contratual.
Num primeiro momento, as palavras de Pepa depois dos treinos, neste período de preparação não eram as mais adequadas para a motivação do plantel e dos jovens que nele se integram.
“Pepa declarava no final dos treinos que precisava de reforços, que o plantel tinham jogadores oriundos dos escalões secundários” – disse o presidente da SAD, António Miguel Cardoso que entendeu estas palavras como pouco incentivadoras dos jovens que integravam o plantel.
Este era um dos factores que poderia afectar “a unidade do grupo, a coesão entre os jogadores e a motivação de um balneário”, cuja confiança garanta “os resultados que vamos exigir” e simultaneamente cumpra as metas de redução do orçamento, logo, “mais barato”.
Mas, o que fez transbordar o copo, de uma relação cujo desgaste começava a ser evidente, foi uma palavra dita pelo treinador que o presidente da SAD não gostou de ouvir. E que na sua opinião excedia determinados limites que, ele pessoalmente nunca admitiria e que como presidente da Vitória SAD também não aceitava.
António Miguel Cardoso, justificou assim o fim de Pepa como treinador da SAD vitoriana, considerando que havia um desalinhamento completo entre o que a administração queria e o treinador desejava.
António Miguel Cardoso esclareceu que numa situação financeira como a que o Vitória se encontrava – e também com a intenção de salvaguardar o futuro – a opção passava por incorporar jogadores jovens no plantel, diminuindo drasticamente à carga salarial – que foi reduzida em relação ao plantel que transitou da época anterior.
Apesar da insistência dos jornalistas para saber que linha foi ultrapassada por Pepa, o presidente vitoriano não foi específico e contornou a questão. Mesmo assim, ainda foi dizendo – quando interrogado sobre se o ex-treinador não apostava nos jovens – que ele “apostou nos jovens que estavam a ser trabalhados na formação” e com êxito.
Interrogado sobre as implicações no seio dos adeptos da gestão apertada que está a ser feita em redor da equipa principal, António Miguel Cardoso declarou que “o Vitória não é o projecto da minha vida mas um dos projectos” e, portanto, a sua permanência na administração e no clube teria sempre “um princípio, um meio e um fim” balizado no tempo.
“Estou aqui para defender os interesses do Vitória e sem medo de sair”.
Mas agora repetiu com alguma firmeza, “estou aqui para defender os interesses do Vitória e sem medo de sair se esse for o desejo da maioria dos sócios”. E não deixará de “tomar as decisões que reduzam o passivo e tornem o clube maior”.
Instado a pronunciar-se sobre esta saga de instabilidade crónica decorrente da entrada e saída de treinadores, o presidente da SAD vitoriana, disse que “não podemos ficar reféns do passado”, deixando claro que “o núcleo da equipa não estava alinhado e coeso em relação ao futuro” e por isso, na reunião de ontem, de manhã, com Pepa “não tinha a intenção de trocar de treinador” e que as palavras que ele proferiu foram a gota que fez transbordar o copo.
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