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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

24 de Junho: entre a feira Afonsina e as jornadas históricas

Economia

O antes e o depois do Dia Um de Portugal, em Guimarães, segue o modelo de celebração dos últimos anos.


A forma e o modelo de comemoração da data mais importante da cidade de Guimarães, assenta na continuidade. 

E no triângulo do revivalismo histórico, através de uma feira, numa comemoração central onde a inauguração de obras é tida como marca do momento actual e na evocação da memória de uma história, de duas vilas e do seu viver.

A feira, este ano concentrada em volta dos monumentos do Monte Latito, para dar liberdade à vivência do Centro Histórico, persiste com a mesma animação e recreação

Neste olhar para um passado assaz remoto, lembra-se o burgo, supostamente de uma aldeia que fervilha de vida, onde se afirma um povo e uma cultura e onde a economia vive do labor de muitos artífices.

De memória, sente-se o que se tem visto nas últimas edições, de mais de duas décadas, onde o quotidiano monástico parece dominar a cidade, naquele tempo influência pela Colegiada de Santa Maria de Oliveira.

📸 GA!

O resto, é mesmo recreação em que um ou alguns aspectos de um quotidiano medieval é mais ou menos rebuscado e imaginado com transposição para o quotidiano actual.

Não falta a gastronomia, sujeita aos interesses das associações que promovem este espectáculo, numa incursão arriscada por um passado gastronómico envolto no vinho e nas iguarias confeccionadas ao lume, onde as aves deveriam – supostamente – dominar as ementas da altura, tal como o porco e animais selvagens que é agora pouco comum ver-se à mesa, de uma cidade histórica.

Claro que não falta a exibição bélica, de arqueiros senhores da guerra de então, e de actividades associadas ou próximas como a cordoaria e os materiais feitos à base da fundição e da forja, onde o têxtil também tinha a sua importância.

Finalmente, a , não se sabe em que Deus, iluminava os que iam à festa do burgo e tinham na Colegiada o seu momento de introspecção e de reencontro, solitário, com a natureza humana.

Também, na área da igreja da Oliveira, haverá baile e bailias, com espadas baixadas e no chão, num dos momentos em que o trabalho se suspende para dar lugar ao folguedo.

📸 Município de Guimarães

O 24 de Junho que nos propõem para este ano de 2022, tem o protocolo habitual do hastear de bandeiras, sentindo-se aqui mais a influência do feriado municipal que se vive nesse dia. Haverá concertos de órgãos e sinos na igreja da Oliveira.

A sessão evocativa e solene da data, realiza-se ao fim da tarde, apenas mudando de local. O interior do Paço dos Duques é substituído pela Campo de São Mamede, abrindo-se ao povo a oportunidade de ouvir discursos e ver quem é distinguido pelo Município como credor das condecorações municipais.

As Jornadas Históricas são a parte mais cultural do programa e realizam-se no Sábado, 25 de Junho.

São sessões concentradas no Paço dos Duques. E onde se ouvirá falar de mesteres e mesteirais, um modo de se perceber a indústria e o artesanato; também nos chegarão os ecos de fiandeiras, tecelões e alfaiates, com visões sobre o papel da pele nos ofícios ligados ao couro, de correeiros, sapateiros e seleiros, qual ofício mais tradicional de então.

Falarão doutores, doutorados  e mestres em história durante a tarde. E à noite este momento científico de um passado histórico, culminará com uma mesa redonda onde os mesteres da zona de Couros estarão em evidência.

📸 Município de Guimarães

© 2022 Guimarães, agora!


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