Os custos de energia levam algumas empresas do sector têxtil a suspender a sua laboração em vez de se manterem em actividade.
Mário Jorge Machado, presidente da ATP, alerta para as dificuldades que as empresas estão a sentir por causa da escalada dos preços da energia. E lembra que “o custo de estar a laborar é muito superior ao custo de estarem encerradas”.
O presidente da ATP considera esta situação como “muito complicada” e que afecta em particular as áreas da fiação, da tecelagem e dos acabamentos.
“Muitas empresas pararam a produção durante alguns dias na expectativa de que os preços da electricidade e do gás natural baixem para poderem retomar a laboração”, disse à Agência Lusa o dirigente da associação que representa o sector têxtil, referindo, no entanto, apenas ter conhecimento de uma empresa do sector têxtil que decidiu encerrar definitivamente, tendo essa decisão sido tomada ainda antes do início da guerra na Ucrânia.
“O problema da energia já começou antes da guerra, nomeadamente no gás natural que aumentou 600% desde há seis meses”.
Recorda que “o problema da energia já começou antes da guerra, nomeadamente no gás natural que aumentou 600% desde há seis meses”, o que se veio juntar ao encarecimento das matérias-primas e aos aumentos brutais dos custos da energia.
O ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, apresentou um pacote de apoios às empresas para fazer face ao aumento dos preços da energia, mas afastou a hipótese de regresso ao regime de lay-off simplificado.
“Até preferimos dar apoios para que as empresas continuem a laborar” do que dar apoios para que as empresas coloquem os trabalhadores em casa, disse, admitindo que para as áreas de consumo intenso de gás natural está a ser estudada a possibilidade de apoios directos às empresas.
Um dos sectores assinalados por Siza Vieira para beneficiar dessas medidas, que segundo o governante estão a ser analisadas a nível comunitário, é o dos acabamentos têxteis.
📸 José Gageiro
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