Numa conferência sobre “A ferrovia no contexto ibérico”, o director de Empreendimentos, da Infraestruturas de Portugal, José Carlos Clemente, deu a conhecer os estudos sobre as ligações ferroviárias a partir do Porto e até Vigo e, por ali, à Europa.
No momento em que se encontra em plena elaboração o Plano Ferroviário Nacional, José Carlos Clemente apresentou o principal programa de requalificação e modernização de grande parte da rede ferroviária nacional.
Composta de quatro corredores, o que importa a Guimarães é o corredor Norte-Sul, assente sobre a linha do Norte e do Minho, de Nine a Viana do Castelo e a Valença, até Vigo. E de Tadim (Braga)-Valença.
É sobre este corredor que assentará a ligação de alta velocidade até à Galiza, cuja relevância estratégica pode ser avaliada à escala nacional, permitindo a consolidação de um corredor vertical atlântico, integrado e multimodal por reunir vários modos de transporte articulados entre si. E contribuir para o desenvolvimento dos portos, das áreas logísticas e aeroportos.
Já numa escala ibérica, o corredor Norte-Sul aumenta a mobilidade de pessoas e bens na ligação a Espanha, num modo de transporte com menores emissões de GEE (Gases do Efeito de Estufa).
Finalmente, o impacto à escala europeia deste corredor ferroviário reforça as ligações com a Europa e melhora as ligações internacionais Norte-Sul (Porto-Vigo).
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O investimento inicial para este corredor era de 900 milhões previstos no Plano Nacional de Investimentos (PNI 2030) sendo agora o valor estimado para 1250 milhões de euros.
Com este investimento, a linha do Minho cujo trajecto é Nine-Viana do Castelo-Valença reforça a sua segurança, aumenta a fiabilidade da exploração ferroviária, reduz as emissões de GEE e aumenta a eficiência e competitividade do transporte de mercadorias, para além de promover o aumento da quota ferroviária.
Este corredor vai permitir a circulação de comboios de mercadorias até 750m, aumentando a actual capacidade diária (12 para 300m) para 12 de 750m após a conclusão do projecto. A procura diária de comboios passará de 4487 para 7007 comboios/ano no horizonte de 2050.
A nova linha Porto-Valença-Vigo estará construída no período 2029/2030, reforçando a ligação do Aeroporto Sá Carneiro a Nine e depois a ligação Tadim (Braga)-Valença que está estimada em 1250 milhões de euros.
No debate que ocorreu em Sines, a 21 de Fevereiro, numa iniciativa da Ordem dos Engenheiros de Portugal e Espanha, ficou evidente que os investimentos em Portugal e Espanha no âmbito da ferrovia estão mutuamente dependentes.
A futura ligação de Guimarães à estação de alta velocidade nunca é referida naquele traçado do plano ferroviário nacional.
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