António Cunha, afirmou que a reabilitação do Teatro Jordão e Garagem Avenida é um projecto notável, na obra física, um bom exemplo de aplicação dos fundos europeus com uma execução construtiva excelente.
Manifestou a sua alegria por também poder testemunhar o fim da obra que dá ao Teatro Jordão uma outra utilidade, numa aliança com a Garagem Avenida “um projecto estratégico para Guimarães, muito importante para a região Norte”.
António Cunha, enquanto ex-Reitor da UMinho, acompanhou “muito de perto a germinação deste projecto, há mais de 20 anos”, com o mesmo propósito e objectivo: o de alargar e estender o campus universitário para o interior da cidade, então com o nome de CampUrbis.
O presidente da CCDR-Norte, sabe o que representa e potencia este projecto “notável na obra física” com dimensões na educação e investigação nas Artes Visuais, Teatro e Música e nas suas intersecções com a tecnologia. E com os impactos que terá na Cultura e Criação ao mesmo tempo que recupera e preserva um património material e imaterial.
Com a importante componente de regeneração urbana associada à recuperação de Couros e com ligações à Caldeiroa onde se juntará a outros projectos da escola de engenharia da UMinho.
Um aglomerado às portas do Toural e a jusante do Centro Cultural Vila Flor.
No fundo, a reabilitação do TJ e Garagem Avenida “é um projecto estratégico para Guimarães e projecto importante para a Região Norte”.
Daí resulta que a candidatura, de qualidade, mereceu o apoio do Programa Operacional Norte 2020, transformando-se agora num “excelente exemplo de aplicação de fundos europeus”.
António Cunha recordou a sua aprovação em Novembro de 2017, no âmbito dos planos estratégicos de desenvolvimento urbano, e quando a obra começou em Janeiro de 2019, o investimento total elegível chegou aos 12 188 779,81 euros, com uma comparticipação do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – de 10 360 462,84 euros.
Sublinhou, entretanto, duas ideias força sobre este projecto: “a perseverança” (essencial a grandes projectos e a grandes apostas) e também aos projectos transformadores de cidades e sociedades.
E a importância na consolidação de Couros, permitindo “outras ousadias” do Município, consubstanciadas no alargamento das áreas classificadas pela UNESCO e classificar o “Bairro da Criação”, numa zona central da cidade.
Fez a história de como tudo começou. Primeiro com a construção do Complexo Multifuncional em 1996, com a classificação pela Direcção Geral do Património Cultural da nova área em 1997, com os investimentos no contexto da Capital Europeia da Cultura, em 2012, com a instalação da Universidade das Nações Unidas na antiga fábrica de Freitas & Fernandes até chegar a 2017 quando se fez a candidatura, para utilizar fundos europeus num projecto ousado.
“Esta transformação” transversal a várias executivos municipais, mostram como todos “foram fiéis a uma ideia que foram ajustando a tempos de mudança”.
“A energia e determinação que o presidente Domingos Bragança colocou neste projecto”.
O presidente da CCDR-Norte reconheceu “a energia e determinação que o presidente Domingos Bragança colocou neste projecto e nesta aposta de transformar a cidade pelo conhecimento, numa aposta de uma cumplicidade simbiótica com a Universidade do Minho que vai da cidadania e da cultura à tecnologia e à inovação”.
“É por aqui que passa a qualidade de vida, é por aqui que também passa a atractividade de actividades económicas, é por aqui que passam as estratégias de fixação da população” – salientou.
Explicou que, de facto, “Guimarães podia ter candidatado outros projectos” mas justifica que “fez uma enorme aposta neste”, tornando a reabilitação do TJ e da Garagem Avenida, “o seu maior projecto neste ciclo de programação europeia, um dos projectos de regeneração urbana com maior apoio do Norte 2020”.
“Guimarães pôs os ovos neste património, na cultura e na criação”.
Destacou ainda que “Guimarães pôs os ovos neste património, na cultura e na criação, na relação com duas instituições que a cidade se orgulha – a Universidade e a Academia Valentim Moreira de Sá e a CCDR-Norte apreciou positivamente esta opção”.
Outra ideia força que António Cunha destacou, com fundadora deste projecto, é “a centralidade da criatividade”, que destaca como “um dos redutos do humano” que “importa potenciar e fruir” e se torna “essencial para o desenvolvimento humano”, também para “a competitividade da economia” e “essencial para enfrentar os grandes desafios da sociedade – da sustentabilidade ao envelhecimento e à demografia”.
Conhecendo em pormenor, a abrangência deste projecto, o actual presidente do “governo” do Norte, salientou a força deste complexo, juntamente com a sua envolvente: o Centro Cultural Vila Flor, a zona de Couros, a Unidade das Nações Unidas, o Instituto de Design.
“E o que vai estar do lado de lá”, na Caldeiroa, “um grande pólo de criatividade de cultura, o tal Bairro C de Adelina Pinto”.
É neste contexto que antevê o TJ e a Garagem Avenida como “uma casa de encontros”, entre criadores, onde se partilham ideias de saberes, de experiência que permitam germinar a genialidade, muito dinâmico, um espaço necessariamente aberto aos cidadãos – que têm as condições físicas, a massa crítica e o momentum… para isso.
No seu discurso, António Cunha assinala que “passei aqui à noite”, guiado pela curiosidade de ver como “a coisa” estava do lado de fora. “Ainda não tinha o glamour de hoje mas já o antecipava, pois surpreendeu-me a torre traseira com os painéis em policarbonato e iluminação LED” – confessou.
Agora, acabada a obra, reconhece que está ali “um edifício especial na modernidade que emerge suavemente no histórico envolvente e na sua luminosidade serena e aconchegante”.
Terminou com votos de que “esta torre iluminada, seja um novo farol da cidade e da região, uma espécie de vela mística que atrai e congrega em torno de um objectivo maior, o de criar e o fazer da cultura e da criatividade um pilar mais forte do nosso modelo de desenvolvimento”.
Agradeceu a todos os que contribuíram para a Região conte, desde hoje, “com este magnífico equipamento”. E deu os parabéns a Guimarães “por o ter querido e o ter feito”.
📸 Paulo Pacheco
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