União Europeia: já há mercado único para produtos circulares no Têxtil e Vestuário

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De prioridade e boa prática a condição essencial, a sustentabilidade vai ajudar à competitividade dos produtos portugueses.

O projecto transfronteiriço RESOTEX, mostrou num webinar sobre a ‘Economia Circular na Indústria Têxtil e Vestuário’, o grande desafio que será ligar todos os pontos da nova legislação europeia.

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Ana Dinis, directora-geral da ATP (Associação Têxtil e Vestuário de Portugal), apresentou o enquadramento político e legislativo da economia circular na União Europeia (UE), destacando as leis já existentes, os pacotes legislativos aprovados e os próximos passos.

“Neste momento, a União Europeia está a consolidar um verdadeiro mercado único para produtos e materiais circulares”, sublinhou.

Contextualizando o conceito de economia circular – partilhar, reutilizar, reparar, renovar e reciclar – apresentou dados que reforçam a urgência desta transformação, bem como a evolução das políticas europeias.

“Abre espaço para novos modelos de negócio, inovação tecnológica, criação de emprego e reforço da competitividade europeia.”

Recordou ainda que a UE pretende dissociar o crescimento económico da utilização de recursos, contribuindo para a neutralidade climática. E que esta transição “abre espaço para novos modelos de negócio, inovação tecnológica, criação de emprego e reforço da competitividade europeia, sobretudo em sectores altamente intensivos em recursos”.

O Pacto Ecológico Europeu, cuja missão passa por alcançar uma economia competitiva, neutra em carbono e circular, passa a marcar o enquadramento político nesta matéria.

A economia circular no sector Têxtil e Vestuário começa a organizar-se. © Direitos Reservados

Contudo, ainda há desafios para vencer, pois, permanecem “diferenças significativas entre Estados-Membros nas taxas de reciclagem e utilização de aterros, mercados de materiais reciclados ainda instáveis, custos acrescidos para as pequenas e médias empresas e a necessidade de promover mudanças no comportamento dos consumidores”, salienta. Actualmente, a taxa de circularidade na Europa é apenas de 12% mas o objectivo é duplicá-la até 2030.

Ana Dinis destacou, por fim, que, em 2026, deverá ser adoptado o acto legislativo da economia circular, destinado a estabelecer um mercado único de matérias-primas secundárias, aumentar a oferta de materiais reciclados de elevada qualidade e estimular a procura destes materiais dentro da UE.

A estratégia europeia para a sustentabilidade traduzir-se-á em produtos duradouros, reutilizáveis, reparáveis, recicláveis, com elevado teor de fibras recicladas, isentos de substâncias perigosas e produzidos de forma responsável.

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