UMinho: Professores já inventariaram 150 relógios de sol da região

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Uma equipa coordenada por professores da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), a par de alguns cidadãos, está a inventariar os relógios de sol da região do Minho.


Este trabalho decorre há um ano e já permitiu a catalogação de 150 relógios de edifícios públicos e privados, como a Sé de Braga e o Mosteiro de Tibães. Cerca de 30 destes instrumentos científicos, considerados objectos de arte, podem ser apreciados até 8 de Janeiro na exposição Relógios de Sol, no Museu dos Biscainhos, em Braga.

“Sentimos necessidade de inventariar este património, que, além da dimensão científica, tem uma dimensão histórica e artística, mas também muito turística, pois poderemos definir percursos de relógios de sol na cidade ou até na própria região”, refere a professora Elfrida Ralha, do departamento de Matemática da ECUM.

Segundo a docente “um relógio de sol é o único que nos diz a hora exacta, pois o que temos no pulso tem uma hora média, fixada pelos meridianos. O meio-dia em Braga não é o meio-dia de Lisboa ou de Faro, porque o sol movimenta-se”.

Relembra, ainda, que estes objectos eram muito utilizados pelos antepassados, por exemplo, para identificar as épocas de plantio e colheitas. “Serviam para as pessoas saberem se estava na hora de mudarem os cursos da água para os campos dos vizinhos, de irem almoçar, rezar ou voltar para o trabalho. E podiam ser crianças de 5 anos que iam ler as horas nestes relógios”, resume Elfrida Ralha.

A exposição inclui peças dos concelhos de Braga, Amares, Barcelos, Celorico de Basto, Fafe, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Vila Verde. É produzida pela ECUM, com curadoria de João Cabeleira e Elfrida Ralha.

Tem a parceria de Centro de Matemática da Universidade do Minho, do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), da Fundação para a Ciência e Tecnologia, da Rede Casas do Conhecimento, do Município de Braga, do Planetário – Casa da Ciência de Braga, do Museu dos Biscainhos e da Direcção-Regional de Cultura Norte. Pode ser vista até 8 de Janeiro e a entrada é gratuita. A ECUM tem, também, prevista a construção de um relógio de sol na cidade, em parceria com o Município de Braga.

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