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Sábado, Julho 27, 2024
José Eduardo Guimarães
José Eduardo Guimarães
Da imprensa local (Notícias de Guimarães, Toural e Expresso do Ave), à regional (Correio do Minho), da desportiva (Off-Side, O Jogo) à nacional (Público, ANOP e Lusa), do jornal à agência, sempre com a mesma vontade de contar histórias, ouvir pessoas, escrever e fotografar, numa paixão infindável pelo jornalismo, de qualidade (que dá mais trabalho), eis o resultado de um percurso também como director mas sempre com o mesmo espírito de jornalista… 30 anos de jornalismo que falam por si!

Entre a fé e a traição…

Álvaro Pacheco sai do Vitória depois de ter escrito umas páginas bonitas no livro da sua carreira no clube.

Porém, preferiu sair como novo-rico, pela porta baixa, deixando um lastro de instabilidade no grupo que (bem) dirigiu e que acabou por trair por causa de um almoço, em Lisboa, num repasto em que tratou da sua ida para o Brasil. E com reflexos na derrota com o Rio Ave

Álvaro faltou a um compromisso com os jogadores para o trocar por um almoço e negócio de uma transacção quando o Vitória ainda tinha mais coisas a conquistar, como ele dizia nas conferências de imprensa.

Estas últimas páginas – negras – de um livro com um história bonita, revelam que Álvaro Pacheco não tinha necessidade de sair, de forma abrupta, cedendo aos interesses comezinhos de uma cláusula de rescisão que outros bem podem recebê-la por vias travessas e de outro clube.

O treinador conseguiu desbaratar o activo do prestígio que conseguiu graças ao seu mérito, sem dúvida, mas também à dimensão do clube onde aterrou e abrilhantou a sua carreira e a um grupo de jogadores, jovens, cheios de vontade, à procura do estrelato.

E com esta cobiça, prejudicou o Vitória – afinal quem mais apostou na sua carreira – sem acabar o contrato, sem ser penalizado por isso, e sem fazer nada para o clube receber a cláusula de rescisão da cessação antecipada do seu contrato. Neste particular Quaresma é um Deus e Pacheco um Diabo para o Vitória e para a sua situação financeira…

Com os actuais dirigentes, o treinador se fosse correcto, sairia na mesma, com diálogo, com civilidade e deixando uma mais valia ao Vitória sem beliscar a sua história que poderia até ser reforçada. Com esta saída, “o mister Álvaro” fica na história do clube com feitos iguais a muitos outros treinadores: 5º lugar, classificação europeia e pouco mais. 

O que era a sua ambição – bater o recorde de pontos da história competitiva do Vitória – já não vai acontecer, beliscando a sua participação nesta época e deixando o clube à pressa…

Álvaro Pacheco não foi sincero nas declarações que fez na conferência de imprensa.

Não há dúvidas de que depois do célebre almoço em Lisboa, Álvaro Pacheco não foi sincero nas declarações que fez na conferência de imprensa: desbaratou todas as ambições – suas e de outros – de fazer uma época histórica. 

Foi o factor da instabilidade, perdeu a confiança do grupo ao deixar-se fotografar num repasto em que no mesmo dia – e certamente à mesma hora – faltava a uma reunião habitual, motivadora, num cenário onde ainda era possível sonhar com o 3º lugar.

Álvaro Pacheco não pode desculpar-se de, por e com habilidade, ter sido o máximo divisor comum… no grupo do Vitória, enganando os jogadores, dizendo faltar a um encontro ‘com os seus’ – no Vitória – por motivos pessoais mas deixando-se exibir num tão famoso restaurante lisboeta.

Para quem dizia que “nunca traí nenhum clube”, o treinador deixava a sua história com uma nódoa que jamais será limpa.

Os “sócios do treinador” e que tanto azucrinaram o presidente, o seu silêncio e o seu modo de agir, têm agora uma boa oportunidade para saber uma coisa simples: são os de cá – bem ou mal – os que melhor defendem os interesses do Vitória e os que para cá vêm estão sempre de passagem, defendendo o Vitória apenas quando lhes dá jeito e quando lhes interessa.

PS: a direcção do Vitória também devia perceber quem e de que modo alimenta questiúnculas – informativas – que por vezes se colocam na outra margem… dos interesses do Vitória. E depois acontece isto…

© 2024 Guimarães, agora!


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