Ainda não foi publicada a Lei Orgânica do Governo para se perceber o que Rui Armindo Freitas, do núcleo duro de Luís Montenegro no PSD, há mais tempo, pode fazer como Secretário de Estado Adjunto e da Presidência.
Nem importa para os assuntos que interessam a Guimarães. O que está em causa é a sua pura influência no Governo para dar solução, faseada ou não, a uma agenda de assuntos que resultaram de acordos com o Governo da República, então dominado pelo PS.
O Campus de Justiça é um deles. Se há consenso local – e do que se tem visto nas reuniões de Câmara há – então abracemos estas causas sem mais.
E para evitar a ‘estúpida guerra’ entre os socialistas e social-democratas, de passarem constantemente culpas uns aos outros sobre quem é mais ‘amigo’ de Guimarães. E da qual Guimarães nada ganhou!
Desde que Pedro Roseta foi Ministro da Cultura, no Governo de Durão Barroso, que o PS passou a acusar o PSD de não se importar com os assuntos de Guimarães.
Agora que é Governo, há uma oportunidade de oiro para acabar com esse estigma. E deixar o PS a pregar… se este Governo conseguir concretizar os apoios já acordados pelo Governo anterior. E até incluir outros que resultem da vontade, filosofia e visão do PSD. E só este ‘jovem turco’ do PSD local o poderia e poderá fazer.
Rui Armindo Freitas não só ficaria na história porque acabaria de vez com uma arma de arremesso político que o PS usa e abusa; daria uma ideia de que há pessoal político competente para decidir e resolver problemas; abriria muitas portas às perspectivas de o partido poder conquistar, de novo, Santa Clara.
E, sobretudo, mostrar que há mais, muito mais, para além da guerra de alecrim e manjerico, pouco sustentada e sustentável, que alimentam a pequenez de alguns agentes políticos locais… que temos de aturar. E de que Rui Armindo Freitas pertence a um escol de políticos com uma mensagem nova e, sobretudo, com uma nova prática de fazer política, servindo o Estado e as comunidades diversas e locais do país.
E, finalmente, poderia perceber-se melhor porque é que Braga ganha sempre: quando as Câmaras mudam (do PS para o PSD), quando o Governo é de uma cor e a Câmara de outra como se viu mais recentemente com o plano de mobilidade urbana de Braga. Aliás, este será o tema da minha próxima crónica.
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