Os que conhecem a história da construção europeia, lembram-se, por certo, do malogro da Comunidade Europeia de Defesa, em 1952. E da vontade de ter um exército europeu, segundo uma proposta francesa de então, apadrinhada por Eisenhower.
Completando, mais de uma volta à Terra, a ideia está, hoje, a suscitar atenção – e mais preocupação do que então – face aos imperialismos que agora nos preocupam – um legitimado pelo voto e outro pela força do nuclear. E que, curiosamente, se mostram amigos e unidos nas conquistas de território que não lhes pertencem.
Com os estadistas que temos, a Europa não tem saída senão unir-se para combater os populismos, isolacionismos e mesmo os cavalos de Tróia que destroem por dentro a União Europeia e os seus valores.
Não resta outra solução à Europa defender-se – de velhos amigos – antes juntos contra o totalitarismo de Hitler e, agora, jogar ao ataque dos que querem dividir parcelas ricas do mundo a seu bel-prazer e para uso dos seus interesses.
Já não basta o “acordai”… claramente. A Europa precisa que os seus membros defendam os seus valores e não os interesses de europeus que se juntaram à União para beneficiarem de fundos que aumentaram a riqueza pessoal de alguns magiares e suas famílias.
E agora, se vê ameaçada por um imperialista que governa a golpe de caneta…
E estejam todos do mesmo lado na defesa da Ucrânia – cuja destruição é bem revelador da maldade de um imperialista russo, de secretária… E agora, se vê ameaçada por um imperialista que governa a golpe de caneta… imitando o seu “amigo” desejando também “roubar” pedaços de terra, da Gronelândia ao Canadá.
Esta convulsão do Mundo já teve consequências e os governos europeus só têm de as aproveitar para rejeitarem qualquer individualismo e aprofundando a Europa dos povos, tornando um “bem maior” de milhões de cidadãos que ainda não perceberam o valor e a importância da unidade, da liberdade e da fraternidade.
Os actuais líderes da Europa dos 27 ou demonstram que são líderes a sério ou, preocupando-se apenas com os seus interesses e bem-estar, vão arrastar uma comunidade forte para o abismo e à mercê de lunáticos que brincam às guerras, evidenciando a sua pequenez e o seu lado infantil, vivendo num mundo de ilusão, de medo, de luxúria que, também, os levará directos ao juízo final…
Não basta à Europa propalar os seus valores! Tem de os defender na prática e aumentar o exército de europeus para quem a dimensão da Europa geográfica tem ser igual à dimensão económica, cultural e social.
E isso faz-se com mais decisões e menos debates, com mais acção e menos teoria porque, afinal, lá atrás a Europa até definiu bem o que poderia ser se os países caminhassem unidos, como o pensaram Schuman, Pleven e tantos outros verdadeiramente europeus.
A Europa tem, pois, de deixar de jogar para o empate – como querendo satisfazer todos – e jogar ao ataque para vencer o jogo. Senão, vai continuar a perder e a não mostrar o que vale efectivamente em todas as dimensões…
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