A apresentação do programa das festas Gualterianas foi muito participada e andou à volta dos seus números marcantes, em 2025, e das percepções e ideias soltas sobre o seu modelo.
O presidente da Câmara quis demonstrar que “o que foi controverso, por uma percepção errada, de que a festa da cidade só desenrolaria no centro da cidade, foi a de que a sua extensão – no eixo de São Gualter até à alameda Alfredo Pimenta – acabou por lhe dar dimensão e conforto”.
“O centro histórico é agora mais útil ao convívio dos vimaranenses, nestes dias de folia.”
Acrescentou: “O centro histórico é agora mais útil ao convívio dos vimaranenses, nestes dias de folia”. Mesmo o parque de diversões que se estende ao longo da alameda Alfredo Pimenta apresenta melhores condições do que a sua aglomeração em redor da igreja de São Gualter.
Sobre a dimensão das Gualterianas – com a organização de grandes concertos – isso só seria possível se fosse utilizado o estádio D. Afonso Henriques, pelo que os habituais locais – Toural e Plataforma das Artes – são os mais indicados para os concertos que se querem no perímetro do centro da cidade.
Defendeu que às Gualterianas o que se deve acrescentar “é mais inovação, o envolvimento de agentes criativos – como os alunos da Escola de Artes Visuais” e dar mais vida “aos números vivos”, tomando como exemplos “o que se faz na cidade de Tourcoing, geminada com Guimarães”.
“Deve ser progressivamente tentada a colaboração dos artistas excelentes da Marcha com o núcleo criador de A Oficina, da Escola de Artes Performativas” – defendeu. Disse que a Escola de Design de Tourcoing é responsável pela elaboração dos números vivos nas suas festas, o que podia ser feito em Guimarães, tentando um modelo de festa mais aberto e com maior colaboração entre vários agentes, acentuando a inovação cultural que fortalecerá a festa da cidade.
Igualmente, a participação “em massa” dos Ranchos Folclóricos – são 22 no concelho – também foi sugerida. E em relação à Batalha de Flores, o presidente da Câmara – desejou-a “com flores naturais, dos nossos campos”, cultivadas para a época, fazendo jus ao título de Capital Verde Europeia.
Neste trilhar de ideias soltas e sugestões sobre as Gualterianas, a participação do folclore – e das suas músicas – na feira de gado bovino, estaria mais de acordo com a aproximação à agricultura que se pretende fazer, evocando a tradição do Guimarães rural, de outrora.
Relativamente a números, Domingos Bragança lembrou que “nestes últimos anos houve sempre reforço do valor atribuído”, esperando que o envolvimento dos vimaranenses nas festas em honra de São Gualter contribua para uma maior dimensão.
“O retorno para o presidente da Câmara é exclusivamente satisfação e o orgulho dos vimaranenses nas suas festas.”
Interrogado sobre o retorno deste investimento, do número de visitantes que acorre à cidade, Bragança respondeu: “O retorno para o presidente da Câmara é exclusivamente satisfação e o orgulho dos vimaranenses nas suas festas”.
Sobre a programação, Miguel Oliveira, vereador da Cultura e presidente de A Oficina falou do “empenho” da organização para que “as festas sejam cada vez mais melhores”. Acrescentando novas camadas, o vereador mostrou-se satisfeito por se ter concebido “um programa transversal, diversificado, com folclore, bons concertos, DJ’s”, num perímetro “que corre o coração da cidade, de uma ponta à outra”.
Números das Gualterianas:
- Feira do Artesanato: início a 25 de Julho;
- Festival Internacional de Folclore e Noite do Fado: 1 de Agosto (21h00/ 21h30);
- António Zambujo: 1 de Agosto (22h00);
- Feira de Gado e Concurso Pecuário e Batalha de Flores: 2 de Agosto (09h30/ 18h00);
- Carolina Deslandes: 2 de Agosto (22h00);
- Desfile de Charretes: 3 de Agosto (10h30);
- Procissão de São Gualter: 3 de Agosto (18h00);
- Ana Bacalhau, Irma, Paulo de Carvalho e Ricardo Ribeiro: 3 de Agosto (22h00);
- Marcha Gualterianas: 4 de Agosto (22h00).
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