Foi um debate a dois, escolhido com os critérios dos alunos do 10º ano CSE2 – área de Economia – da Escola Secundária Francisco de Holanda; e um debate ‘politicamente quente’, em que ambos os Ricardos deixaram expressas as suas ideias que prometem incendiar o debate político local.
Porém, há pontas soltas que ficaram por aclarar e justificar – para que não sejam meros slogans linguísticos – e não se venda ao eleitor ‘gato por lebre’.
Houve factos – e afirmações – surpreendentes: Ricardo Costa, por exemplo, propôs a não aprovação da revisão do PDM – Plano Director Municipal, até ao final do mandato, do actual executivo presidido por Domingos Bragança.
E apenas por uma questão simples: o candidato do PS entende que o PDM deveria incorporar a visão do próximo presidente da Câmara, tornando o instrumento de planeamento municipal num documento unipessoal e não do Município;
Outra tese apresentada por Costa tem a ver com o Centro Histórico, a sua classificação e os licenciamentos “com um processo burocrático demasiado moroso” quando há “gente que quer investir”, naquela área defendida pela UNESCO com a sua classificação.
O que divide inequivocamente Araújo e Costa, são as soluções para a mobilidade, relacionadas com o meio de transporte a utilizar na cidade e no concelho. Soluções que não podem ser ditas apenas da boca para fora e que carecem de justificação.
Ricardo Costa quer andar no Metro Ligeiro de Superfície (MLS) e Ricardo Araújo prefere viajar no Metro Bus (MB) solução que tem estudos técnicos já realizados e tinha o consenso dos governos do PS (de António Costa) e parece ter do governo da AD (de Luís Montenegro).

O actual vereador da coligação PSD/CDS-PP entende que o MB solução iniciada por Domingos Bragança – encaixada no contexto regional é menos onerosa e já tem estudos técnicos; Ricardo Costa, líder da concelhia socialista opta pelo MLS por se tratar de um transporte que altera o paradigma da cidade. Afiançou mesmo que “a transformação do MLS é gigantesca nas cidades onde foi aplicada”.
Os dois candidatos à Câmara Municipal de Guimarães acabaram de forma diferente o debate: Ricardo Costa confessou que “bebo um copo convosco” quando “nos encontrarmos por aí”; Ricardo Araújo aconselhou os alunos da Escola Secundária Francisco de Holanda a estarem atentos “às entrevistas (dos candidatos) para tomarem as melhores decisões”.
Os temas do debate foram inspirados nas opções consagradas do Plano de Actividades e Orçamento do Município. E o critério da selecção dos palestrantes teve a ver com a representação dos partidos na Câmara.
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