Ficou decidido o caminho para os próximos 4 anos. Eis que a 30 de janeiro a democracia teve o seu ponto máximo, em que foi a possível aos cidadãos escolher os atores políticos para que ao nível nacional coordenem os destinos do país durante os próximos 4 anos. Uma novidade que não estava prevista é a de ser concedida uma maioria absoluta.
Este facto tem pontos positivos e negativos, dependendo da forma como será gerida a capacidade de colocar em prática as reformas que tanto se apregoam como necessárias para o país.
Será então uma enorme responsabilidade para o partido político vencedor, mas também uma oportunidade.
Cabe aos restantes partidos exercer a sua função de fiscalização e apresentar sempre soluções construtivas e num diálogo permanente. Não é compreensível a demissão de contribuir para a solução.
Temos também um papel ativo pois como cidadãos o nosso papel não se extinguiu no dia 30 de janeiro, no momento em que depositamos o nosso voto. O nosso papel é diário e sem ele não faz sentido sermos sempre arautos da ideia dos direitos e termos abandonado a capacidade de intervenção cívica.
Numa campanha eleitoral, que apesar de ter sido um período com enormes condicionamentos, tivemos ao nosso alcance uma panóplia de debates, de ações de campanha de proximidade que permitiu esclarecimentos e apresentação de ideias sem muitas das ações de massas que em inúmeras vezes não permitia o esclarecimento e clarificação de posições.
Para que a democracia se construa em bases sólidas e sustentadas, a educação e a cultura são pilares fundamentais. Neste ponto, a cultura deve ser olhada como um investimento em que o retorno tem um valor incalculável.
Em Guimarães e no território que compõe o concelho, o ano de 2012 foi um marco importante e a celebração dos 10 anos da Capital Europeia da Cultura permitiu trazer à memória os eventos únicos vividos num intenso ano.
A recente inauguração da requalificação do Teatro Jordão e da Garagem Avenida é outro momento marcante para a cultura de Guimarães. Um equipamento que constitui um forte marco na memória de muitos vimaranenses. Lá se sucederam eventos, se partilharam sentimentos, criaram relações e se tornou um espaço que deixou uma marca indelével para muitas gerações.
Temos agora um espaço renovado e que permite construir o futuro com o respeito pelas memórias do passado.
É uma oportunidade de abrir portas para novos projetos, novos criadores, expandir a cultura para todo o território. Sim, a cultura não se encerra nas 4 paredes que constituem o espaço físico, vai mais além. Tem de ir ao encontro das populações limítrofes. Levar a cultura fora de portas.
Existem inúmeras manifestações culturais descentralizadas, associações que desenvolvem projetos inovadores que se reinventam e atraem públicos. É esta a força geradora da cultura que deve ser acarinhada e apoiada.
Guimarães merece, e tem aqui a oportunidade de fazer melhor e fazer diferente.
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