Faltam cinco dias para as Legislativas e o que mais me revolta é ver o estado a que isto chegou e como tanta gente já baixou os braços. Já ninguém acredita em nada. Está tudo farto de promessas, de frases feitas, de políticos que aparecem de vez em quando com um sorriso e um papel cheio de ideias copiadas umas das outras.
A verdade é que o país foi tomado por um sistema que se alimenta a si próprio. Um sistema que não quer resolver nada, porque o problema dá mais jeito do que a solução. Quem está lá dentro vive bem, com tudo garantido. Quem está cá fora que se desenrasque. E desenrasca-se, mas à custa de muito sacrifício. E muitas vezes sozinho.
No distrito de Braga temos 14 municípios onde se vê o abandono, o esquecimento e a lentidão de quem devia agir. Em Fafe, há bairros onde nem a polícia aparece, e quem lá vive já se habituou ao medo. Em Vieira do Minho, há idosos que esperam meses por uma consulta ou por um transporte para o hospital. Em Barcelos, ainda há freguesias sem saneamento básico, em pleno século XXI.
Em Vila Verde, os jovens continuam a sair porque não há oportunidades nem habitação acessível. E em Guimarães, que devia ser exemplo pelo seu peso histórico e cultural, temos uma cidade onde os transportes públicos estão parados no tempo, o centro tradicional está a perder vida e os bairros vivem esquecidos. Tudo é lento, tudo é adiado. Fala-se muito, faz-se pouco.
Dinheiro há – mas é mal gasto. Em gabinetes, em assessores, em estudos que ninguém lê.
E o mais frustrante é que o problema não é falta de dinheiro. Dinheiro há – mas é mal gasto. Em gabinetes, em assessores, em estudos que ninguém lê, em observatórios e fundações que servem para dar emprego aos amigos do sistema. Enquanto isso, os serviços básicos ficam sempre para depois. É o sistema a funcionar como sempre: protegendo os de dentro e dificultando a vida dos de fora.
O CHEGA não vem com promessas bonitas nem com panfletos cheios de palavras caras. Vem com medidas concretas, que vão mesmo ser postas em prática. Vamos cortar no desperdício, acabar com as “gorduras” do Estado, reduzir ao mínimo aquilo que não serve diretamente as pessoas. Vamos usar esse dinheiro para reforçar a polícia nas ruas, garantir mais médicos nos centros de saúde, investir onde faz falta – nas escolas, nos hospitais, nas infraestruturas que servem o povo.
Vamos também acabar com a burocracia sufocante. Quem quer trabalhar, investir ou criar emprego neste país não pode andar preso a licenças, formulários e prazos intermináveis. E vamos exigir responsabilidade. Quem está num cargo público tem de responder pelo que faz – ou pelo que não faz.
Isto não é uma guerra contra ninguém. É uma luta por todos nós. Por quem trabalha, por quem produz, por quem não pede nada além de justiça, ordem e respeito. Faltam cinco dias. E desta vez não é só mais uma eleição. É a oportunidade de “virar a página” e começar a mudar este país de uma vez por todas. E é por isso que estou aqui. Porque acredito que está na hora de dizer basta. E porque sei que há milhares de portugueses que sentem o mesmo.
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