Autárquicas 2025
Foi uma vitória eleitoral retumbante, histórica e expressiva mas não absoluta. ‘Juntos por Guimarães’ tem a maioria absoluta na Câmara com seis vereadores, contra quatro do PS e um do Chega.
Na Assembleia Municipal tem 55 deputados – 25 eleitos directamente e 25 presidentes de Junta – dos 111 que terão assento no parlamento local. O PS tem 52, o Chega seis, a CDU dois e a Iniciativa Liberal um, o que obrigará a negociações para aprovar as decisões da Câmara Municipal. O Bloco de Esquerda deixa de ter qualquer representação nos órgãos do poder local vimaranense.
Nas freguesias, o PSD e CDS-PP chegaram aos 24 presidentes de Junta mais um da Junta de Ronfe que embora tendo uma candidatura independente foi apoiada por Ricardo Araújo. O PS teve 30 candidatos às Juntas de Freguesia que se elegeram presidentes de Junta, o melhor resultado desta contenda eleitoral.
A derrota do PS em Guimarães foi notícia nacional pela quebra da sua longevidade na sua representação e domínio, de 36 anos na governação do Município sempre com maioria absoluta.
Domingos Bragança passa a ficar como “o último dos Moicanos” socialistas na governação municipal e Ricardo Araújo junta-se a António Xavier na história dos homens que derrotaram o PS na cidade-berço.
Ricardo Araújo tinha sobre si a responsabilidade de beneficiar do mal-estar no seio da maioria socialista – que provocou divisões irreversíveis num partido habituado a ganhar.
Com serenidade, alguma paciência e uma ambição de fazer história, aproveitou a onda de ter um Governo amigo – que bem o pode ajudar na concretização de inúmeros projectos para Guimarães, colocando o concelho numa posição de maior destaque no país.
Ricardo Costa com esta derrota que a sua agenda política não contemplava vai ter um futuro difícil: primeiro, porque ficará na história como o único candidato do seu partido a não preservar o poder e não foi derrotado apenas, esvaziando a representação na Câmara que passou de sete para quatro vereadores, um efeito estrondoso num partido político cujo dirigentes viveram sempre à custa do poder. Terá, ainda, de se confrontar com os seus “inimigos” internos que vão pedir contas deste resultado eleitoral que julgavam nunca iria acontecer.
O PS não tem igualmente experiência de oposição, tal como seus quatro vereadores – Ricardo Costa, Sérgio Silva, Gabriela Nunes e Flávio Freitas, numa nova era política que PSD e CDS-PP não vão desperdiçar e querer consolidar escrevendo novos capítulos na história política municipal como já não acontecia há 36 anos.
As mudanças que alguns previam iriam ser feitas em Santa Clara se Ricardo Costa fosse eleito, irão, agora, ser feitas por Ricardo Araújo, que vai querer chegar aos arrabaldes da sede do Município.
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