A única certeza da eleição da Mesa da Assembleia Municipal é que serão duas mulheres a estarem ao lado do presidente: Natália Fernandes e Teresa Esquível Costa (coligação ‘Juntos por Guimarães’) e Ana Rita Oliveira e Patrícia Lemos (PS).
Quanto ao presidente, Rui Armindo Freitas e Pedro Roque são os únicos possíveis. Com a maioria simples obtida por Rui Armindo Freitas – a quem foi atribuído o 1º mandato – em função dos 41.778 votos conseguidos na eleição, que garantem 25 deputados. A coligação ‘Juntos por Guimarães’ só precisa dos seis votos do partido de André Ventura, o fiel da balança nesta eleição interna do parlamento local.
Com Nuno Vaz Monteiro e André Almeida, de costas viradas – nunca foram vistos juntos na campanha do Chega, serão os deputados a decidir se votam em Rui Armindo Freitas ou em Pedro Roque.
Com os dois votos da CDU, é muito provável que o PS não conte – depois do episódio dos “medicamentos” registado no debate e em que Ricardo Costa se antagonizou com Mariana Silva. E por razões ideológicas Inês Rodrigues e José Manuel Ribeiro podem tender para a abstenção.
Já o voto da Iniciativa Liberal e de Simão Pedro Cunha poderão aconchegar a maioria que Rui Armindo Freitas possa vir a obter para ser eleito.
Os ‘Juntos por Guimarães’ beneficiarão assim dos votos dos 25 deputados eleitos e dos 24 presidentes de Junta, que se candidataram pela coligação e ainda do voto da lista independente de Ronfe, “Olívia Fernandes: os ronfenses conhecem-me”. Este conjunto soma 50 votos contra 52 do PS – se, entretanto, todos os presidentes de Junta votarem em obediência ao partido – porquanto com todos os votos dos deputados do Chega, Rui Armindo Freitas será eleito, podendo até ir mais além dos 56 votos exigidos.
Recorde-se que Rui Armindo Freitas tentou um consenso alargado entre os partidos para eleger uma Mesa com as três forças políticas mais votadas, o que seria inédito no parlamento local, algo que visava colocar a Mesa acima das habituais polémicas partidárias.

O PS não quis alinhar neste consenso, tendo Pedro Roque admitido que com o Chega não se junta, o que não acontece no país. Por exemplo, em Mirandela e Albufeira, o PS entendeu-se com o Chega para resolver as questões de falta de maioria absoluta.
No final da reunião de Câmara de Quinta-feira (30 de Outubro), Ricardo Araújo lamentou que os esforços de Rui Armindo Freitas para a apresentação de uma lista de consenso, não tenham tido sucesso. “Vamos ver o que acontece”, disse aos jornalistas, acrescentando que os vimaranenses foram claros na sua vontade expressa nas urnas no passado dia 12. A verdade é que a coligação ‘Juntos por Guimarães’ não tem maioria naquele órgão deliberativo pelo que não está garantida a eleição do candidato que liderou a força política mais votada.
Ricardo Costa, por seu turno, lembrou que no passado, o PSD sempre apresentou candidaturas à Mesa da Assembleia Municipal apesar da maioria do PS, uma forma de justificar a ausência dos socialistas numa Mesa de consenso político esmagador. O actual vereador e ex-presidente da concelhia falou de “mentiras” para justificar a candidatura de Pedro Roque.
Nuno Vaz Monteiro admitiu que os contactos com o Chega podem ter sido feitos com o cabeça de lista do seu partido à Assembleia Municipal, André Almeida, e acredita que, relativamente ao processo, está tudo em aberto até à eleição.
A sessão realiza-se, hoje, no auditório da Universidade do Minho, em Azurém, a partir das 21h00.
© 2025 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, X e LinkedIn.
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.


