A criação da Unidade de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães foi alvo de buscas sob a suspeita de administração danosa, corrupção activa e passiva, participação económica em negócio e abuso de poder.
Por enquanto não foram constituídos arguidos, estando também sob suspeita onze sociedades comerciais. Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) explica que a operação intitulada Salus está relacionada com contratos celebrados entre 2015 e 2018 para instalar no HSOG a Unidade de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular, sem a necessária autorização do Ministério da Saúde.
Na nota enviada à imprensa, a PJ explica: “A investigação tem por objecto, ademais, suspeitas de que a instalação desta unidade, ao contrário do que foi veiculado publicamente, não tenha sido financiada por donativos da sociedade civil, mas sim por sociedades comerciais com interesses na área da saúde, as quais vieram posteriormente a celebrar contratos com a unidade hospitalar, no valor de aproximadamente 21 milhões de euros, em condições bastante desfavoráveis para o erário público”.
O conselho de administração do hospital já reagiu às buscas, garantindo que “está a colaborar em todas as diligências solicitadas quanto ao período respeitante aos anos 2015-2018”.
Segundo uma nota publicada no site da PGR, as buscas abrangem também outras instituições, como a Liga dos Amigos do Serviço de Cardiologia do Hospital da Senhora da Oliveira ou o Rotary Club de Guimarães, e empresas do sector de tecnologia médica.
A investigação, que é liderada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e tem o apoio da Unidade Nacional Contra a Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), está associada ao relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) ao Hospital da Senhora da Oliveira, na sequência da criação da Unidade de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular. As buscas contam com a presença de juízes, magistrados do MP, inspectores da PJ, representantes da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Advogados, bem como de inspectores da IGAS.
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