A concelhia do PSD escreveu uma carta ao Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Ave, onde deixa clara a sua preocupação com as “queixas” dos utentes sobre o atendimento nos Postos de Saúde, ainda a funcionar com um regime presencial limitado e condicionado.
Essa preocupação manifesta-se porque há pessoas que não conseguem entrar em contacto com a sua Unidade de Saúde Familiar, através do telefone, com o intuito de agendar consultas e tratar de outros assuntos.
O PSD-Guimarães reconhece que na base desta anomalia funcional e de atendimento, não está em causa “o esforço e dedicação” de médicos, enfermeiros e pessoal administrativo, que foram afectados por uma sobrecarga de trabalho, nesta situação pandémica.
O que os social-democratas duvidam é que o modelo organizacional seguido pelo Ministério da Saúde “esteja a ser eficaz”. E lembra que “os utentes mais idosos, fiquem reféns de um atendimento digital que é ainda uma barreira para muitos cidadãos”. Este quadro de funcionalidade dos serviços de saúde primários, desmotiva os cidadãos a aceder aos cuidados de saúde com consequências sempre nefastas para a população.
“O modelo de organização definido pelo Ministério da Saúde não tem a capacidade de resposta pretendida…”
Na carta, o PSD, testemunha a consciência que tem “do esforço hercúleo que todos estão a fazer nesta fase crítica da pandemia”. Mas faz questão de expressar a sua convicção profunda “de que o modelo de organização definido pelo Ministério da Saúde não tem a capacidade de resposta pretendida”. O que “coloca em causa o normal funcionamento destas unidades.”
“O trabalho suplementar que resulta dos procedimentos a seguir no combate à COVID-19 retira, certamente, meios e recursos para as demais áreas de intervenção dos Centros de Saúde. Compete ao ministério reforçar a capacidade de resposta e adaptar o modelo de organização a esta nova realidade” – refere a carta em que se manifesta esta preocupação que chegará também à Ministra da Saúde.
© 2020 Guimarães, agora!