O ex-deputado que apresentou a sua candidatura a presidente da Federação Distrital de Braga no dia 10 de Maio, “cumprimenta a outra candidatura anunciada” do agora presidente da Câmara de Vizela.
Luís Soares diz-se “movido por princípios e por valores do PS”, e por isso sustenta que “a minha candidatura que é a de todos que se identificam com os reais valores do PS”, tem uma razão de ser: “é uma alternativa a quem não foi e não será capaz de alcançar os resultados eleitorais que permitam defender os nossos concidadãos e concretizar os desafios que se colocam ao distrito de Braga”.
O fair play político deste cumprimento a um possível adversário, não deixa de ser um pretexto para a sua afirmação junto dos militantes, ao mesmo tempo que lembra o desastre eleitoral do partido nas últimas legislativas.
“Iniciamos esta caminhada com convicção, com determinação e com apoios firmes para um debate interno no nosso partido que é necessário e saudável” – salienta numa nota de imprensa.
E “face à confirmação, apenas agora anunciada, da candidatura do camarada de Vizela à Federação Distrital de Braga do PS, tomei a iniciativa de, hoje mesmo, lhe telefonar para o cumprimentar pela sua disponibilidade nesta disputa democrática para as próximas eleições federativas”.
O cumprimento ao que já declarou ser também candidato à Federação, é embrulhado numa crítica velada, visando Frederico Castro, actual presidente, pois considera que “o candidato Victor Hugo de Vizela, que participou activamente nas decisões da liderança federativa que ainda decorre, e que nos últimos dois anos ficou muito aquém dos objectivos propostos e dos resultados esperados, reconheça, como já o disse, a necessidade de mudança e de colocar Braga no lugar que é seu”.
E faz este registo com “ênfase” sublinhando que “a verdadeira mudança só é possível com quem está determinado a assumir e a concretizar os ideais do PS com vontade própria, com militância, com trabalho, com identidade pelos valores democráticos do PS e não por uma candidatura de continuidade do actual mandato” – concluiu a nota de Luís Soares.
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