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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Plano Nacional Ferroviário: “A CDU não abdica da ferrovia”

Economia

A Coligação Democrática Unitária de Guimarães realizou, hoje, uma conferência de imprensa para abordar a realização da Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal e as propostas que a CDU irá apresentar. Torcato Ribeiro, membro da Assembleia Municipal de Guimarães, e Mariana Silva, da Comissão Executiva do Partido Ecologista Os Verdes, deram voz às suas preocupações e urgências relativas à situação ferroviária de Guimarães.

Para o PCP e o PEV, “Guimarães carece de um reforço da oferta de transportes públicos, com destaque para o transporte ferroviário, quer naquilo que se refere à ligação a outras regiões do país, quer no que se refere à ligação a outros concelhos da região”. A coligação faz referência ao PFN onde é dito que há um conjunto de ligações que “dificilmente terão volume suficiente para justificar uma solução ferroviária pesada e, por outro, ligam cidades em vales de rios diferentes, sendo necessário atravessar elevações consideráveis para as efectuar”. É, de seguida explicitado no plano que “o exemplo mais evidente é o da ligação entre Guimarães e Braga”. A CDU contrapõe que a ligação ferroviária “é uma opção urgente para ligar os maiores concelhos da região com mais de 350 mil habitantes e importantes serviços e instituições”.

A CDU refere, também, as declarações do Secretário de Estado das Infraestruturas, que afirmou que uma ligação em ferrovia pesada entre Braga e Guimarães exigiria “um túnel de nove quilómetros” que exigiria “muitas centenas de milhões de euros, perto dos mil milhões”. Para a coligação, “estas afirmações são manifestamente infundadas e distantes da realidade”, e sublinham que “a possibilidade de enquadramento nos financiamentos comunitários, incluindo no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), não foi explorada exclusivamente por opção política”.

“O concelho de Guimarães não tem praticamente oferta de serviços alfa, que nunca voltou, e inter-cidades, que é insuficiente.”

Torcato Ribeiro e Mariana Silva mencionam que “o concelho de Guimarães não tem praticamente oferta de serviços alfa, que nunca voltou, e inter-cidades, que é insuficiente”. Quanto aos serviços e uso da linha férrea existente, o representante do PCP afirma que “estamos pior hoje do que estávamos em 1982”.

No que diz respeito ao investimento de transportes públicos, recordam que o Ministro do Ambiente, em entrevista ao Jornal de Notícias, quando questionado sobre as verbas para Braga e Guimarães, “afirmou apenas que Braga terá verba atribuída, ignorando Guimarães”. Neste sentido, a CDU recorda, também, que “aquando da modernização recente nas duas linhas que servem Braga e Guimarães, nem tampouco se acautelou a localização das duas estações de modo a facilitar um futuro fecho da malha”.

Perante a situação que descreveram, a coligação torna público que planeia levar a discussão a proposta para que o Município solicite “ao Governo a disponibilização pública dos fundamentos técnicos que suportam a sua intenção de abdicar da construção da ligação ferroviária entre Guimarães e Braga”. Vão propor, também, que o Município “reclame a inclusão da construção da via ferroviária Guimarães-Braga e a subsequente ligação até Barcelos no PFN”.

Os representantes da CDU de Guimarães apelam a que “todos os vimaranenses interessados participem na Assembleia Municipal dedicada ao Plano Nacional Ferroviário”. A Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal realizar-se-à dia 23 de Fevereiro, pelas 21h, no Auditório da Universidade do Minho, discussão exclusiva do tema Direito à Mobilidade – Plano Ferroviário Nacional. O PFN encontra-se em discussão pública até dia 28 do presente mês.

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