Face às declarações do secretário de Estado das Infraestruturas, que afirmou ser “muito difícil justificar uma ligação ferroviária pesada” entre Guimarães e Braga, voltou-se a falar, em reunião de Câmara, sobre a ligação entre os dois concelhos e a futura linha de alta velocidade. O vereador do PSD, Ricardo Araújo, questionou se as afirmações do governo central são baseadas em estudos e qual será a alternativa, bem como a acessibilidade à estação por onde passará o TGV, perspectivada para a capital de distrito.
“Não é a localização que interessa a Guimarães e aos vimaranenses.”
“A localização da estação de alta velocidade todos dão como adquirido que será a noroeste de Braga, que não é a localização que interessa a Guimarães e aos vimaranenses”, sublinha o social-democrata. Inicialmente, esperava-se que a estação se localizasse dentro do ‘triângulo’ (Guimarães-Braga-Famalicão) de modo a melhor servir os três concelhos. A questão para a oposição passa, agora, por saber como será feita a ligação entre a cidade berço e a linha de alta velocidade. “Continuamos sem saber, objectivamente, que passos foram dados em concreto e que garantias estão assumidas para realizar a ligação de Guimarães ao Centro de Alta Velocidade”, expressa Ricardo Araújo.
O presidente do PSD destaca que a “maior preocupação” passa por Guimarães “continuar sem dar passos concretos e objectivos para resolver o problema da mobilidade”. Menciona, em particular, “problemas de ligação ao norte do concelho”, “do centro da cidade a oeste”, “problemas de ligação a sul, Moreira de Cónegos até Lordelo”. A este respeito, comparou com Braga que “tem garantido, no Portugal 2030, 100 milhões de euros para soluções de mobilidade para BRT, no concelho”, isto é, o valor será para investir nas ligações intracidade apenas.
Em resposta, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, explica que teve uma reunião com o Ministro da Mobilidade e Ambiente, Duarte Cordeiro, e o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, onde foi discutida a ligação “do sistema de mobilidade de Guimarães ao sistema de mobilidade de Braga e do sistema de mobilidade de Braga à estação de alta velocidade”.
“Hoje o Governo compreende a necessidade da ligação de Guimarães à alta velocidade.”
“Hoje já não é uma ambição ou uma ideia, hoje o Governo compreende a necessidade da ligação de Guimarães à alta velocidade e da ligação dos sistemas de mobilidade de Guimarães e Braga em via própria, via dedicada que pode ser por metrobus ou metro ligeiro de superfície”. A solução que fica excluída, explica o autarca, é a ligação por ferrovia porque “ficaria na ordem dos mil milhões de euros” e porque a solução de uma via dedicada é “mais flexível” do que uma via ferroviária.
Domingos Bragança garante que, no âmbito do PDM, “já está a ser definido o canal onde vai passar este metro ligeiro de superfície”. Aquilo que propôs ao governo central foi que, sendo o projecto apenas um, se divida em duas fases: “A primeira que ligará a cidade de Guimarães, Fermentões, Silvares, Ponte e Vila das Taipas. Depois, numa segunda fase, ligar a Vila das Taipas ao sistema de mobilidade de Braga”. A rota de ligação entre o concelho de Guimarães e Braga ainda está a ser definida, sendo uma possibilidade ficar paralela à EN 101.
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