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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Oposição: Bruno Fernandes quer respostas para falta de vagas nas creches

Economia

O vereador da oposição manifesta-se preocupado com a falta de vagas nas creches de Guimarães e sugere soluções adoptadas noutros municípios, nomeadamente o uso de escolas devolutas. A vereadora da Acção Social explica que a questão é mais complexa.


Bruno Fernandes trouxe à discussão o problema das listas de espera das creches, em particular “na vida dos jovens casais do concelho”.

“Relativamente às creches, o que nós assistimos há muitos anos é que o nosso concelho não tem uma resposta eficaz, de todo suficiente para aquilo que são as necessidades dos jovens casais vimaranenses”, declara o vereador do PSD. Acrescenta neste ponto que “há um déficit brutal das vagas relativas às creches”.

“Porque é que o município não é mais interventivo”.

Bruno Fernandes saúda o trabalho feito pelas IPSS mas diz não entender “porque é que o município não é mais interventivo” e que o apoio dado a essas instituições, mencionado pelo presidente da Câmara, “não é suficiente para resolver o problema”.

Como soluções, exemplifica iniciativas desenvolvidas recentemente pelos municípios de Póvoa de Varzim, Sintra, Penafiel e Abrantes. Além disso, defende o aproveitamento de escolas devolutas para dar resposta à falta de vagas. “É pegar nas IPSS que já estão no terreno, que já têm muita experiência nesta matéria e que pegando nos seus recursos, aumentando o corpo técnico, com um edifício que é cedido pelo Município, com os serviços centralizados que essa IPSS já tem na sua sede, pode perfeitamente, nem que seja numa fase transitória e temporária, conseguir resolver e responder a esta necessidade”, sugere o social-democrata.

Em resposta, a vereadora com o pelouro da Acção Social, Paula Oliveira, reconheceu que o concelho tem um déficit no que diz respeito à oferta gratuita de creches e garante que o problema está identificado. “Estamos na conclusão da elaboração Plano de Desenvolvimento Inclusivo de Guimarães – a Carta Social – que é o instrumento, por excelência, que planifica e faz o diagnóstico destas situações”, revela.

Paula Oliveira (vereadora PS) e Bruno Fernandes (vereador PSD). 📸 GA!

Explica, relativamente ao programa PARES, que as IPSS de Guimarães têm sido limitadas na apresentação de candidaturas para esta valência nos últimos 13 anos. Numa das aberturas a candidaturas, segundo Paula Oliveira, o programa apenas considerou um concelho no distrito para financiamento para creches e noutra ocasião várias entidades de Guimarães candidataram-se mas “nenhuma foi contemplada”.

Para o último PRR, a vereadora clarifica: “foi criada uma comissão de acompanhamento, pelo presidente da Câmara, e das 14 candidaturas que foram ao PRR, várias para creches. Não ficamos satisfeitos, só uma é que foi contemplada, a cooperativa Mais Polvoreira com 84 vagas”.

Quanto à solução apresentada por Bruno Fernandes, referente à reaproveitação das escolas devolutas, Paula Oliveira aborda a problemática clarificando que há já várias entidades que “a Câmara está a acompanhar com a elaboração dos projectos, na articulação com a Segurança Social, para esta reconversão e para que seja uma realidade com a maior brevidade possível o aumento do número de creches em Guimarães, sempre em articulação com a Segurança Social”.

“Não é com esta facilidade e de um dia para o outro que se abre uma creche”.

Fez questão de frisar que, “ao contrário do que aqui foi dito pelo vereador Bruno Fernandes, não é com esta facilidade e de um dia para o outro que se abre uma creche”. Ressalva que “tem sido feito um trabalho de planificação, em rede, com as IPSS”.

📸 GA!

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