O vereador da oposição manifesta-se preocupado com a falta de vagas nas creches de Guimarães e sugere soluções adoptadas noutros municípios, nomeadamente o uso de escolas devolutas. A vereadora da Acção Social explica que a questão é mais complexa.
Bruno Fernandes trouxe à discussão o problema das listas de espera das creches, em particular “na vida dos jovens casais do concelho”.
“Relativamente às creches, o que nós assistimos há muitos anos é que o nosso concelho não tem uma resposta eficaz, de todo suficiente para aquilo que são as necessidades dos jovens casais vimaranenses”, declara o vereador do PSD. Acrescenta neste ponto que “há um déficit brutal das vagas relativas às creches”.
“Porque é que o município não é mais interventivo”.
Bruno Fernandes saúda o trabalho feito pelas IPSS mas diz não entender “porque é que o município não é mais interventivo” e que o apoio dado a essas instituições, mencionado pelo presidente da Câmara, “não é suficiente para resolver o problema”.
Como soluções, exemplifica iniciativas desenvolvidas recentemente pelos municípios de Póvoa de Varzim, Sintra, Penafiel e Abrantes. Além disso, defende o aproveitamento de escolas devolutas para dar resposta à falta de vagas. “É pegar nas IPSS que já estão no terreno, que já têm muita experiência nesta matéria e que pegando nos seus recursos, aumentando o corpo técnico, com um edifício que é cedido pelo Município, com os serviços centralizados que essa IPSS já tem na sua sede, pode perfeitamente, nem que seja numa fase transitória e temporária, conseguir resolver e responder a esta necessidade”, sugere o social-democrata.
Em resposta, a vereadora com o pelouro da Acção Social, Paula Oliveira, reconheceu que o concelho tem um déficit no que diz respeito à oferta gratuita de creches e garante que o problema está identificado. “Estamos na conclusão da elaboração Plano de Desenvolvimento Inclusivo de Guimarães – a Carta Social – que é o instrumento, por excelência, que planifica e faz o diagnóstico destas situações”, revela.


Paula Oliveira (vereadora PS) e Bruno Fernandes (vereador PSD). GA!
Explica, relativamente ao programa PARES, que as IPSS de Guimarães têm sido limitadas na apresentação de candidaturas para esta valência nos últimos 13 anos. Numa das aberturas a candidaturas, segundo Paula Oliveira, o programa apenas considerou um concelho no distrito para financiamento para creches e noutra ocasião várias entidades de Guimarães candidataram-se mas “nenhuma foi contemplada”.
Para o último PRR, a vereadora clarifica: “foi criada uma comissão de acompanhamento, pelo presidente da Câmara, e das 14 candidaturas que foram ao PRR, várias para creches. Não ficamos satisfeitos, só uma é que foi contemplada, a cooperativa Mais Polvoreira com 84 vagas”.
Quanto à solução apresentada por Bruno Fernandes, referente à reaproveitação das escolas devolutas, Paula Oliveira aborda a problemática clarificando que há já várias entidades que “a Câmara está a acompanhar com a elaboração dos projectos, na articulação com a Segurança Social, para esta reconversão e para que seja uma realidade com a maior brevidade possível o aumento do número de creches em Guimarães, sempre em articulação com a Segurança Social”.
“Não é com esta facilidade e de um dia para o outro que se abre uma creche”.
Fez questão de frisar que, “ao contrário do que aqui foi dito pelo vereador Bruno Fernandes, não é com esta facilidade e de um dia para o outro que se abre uma creche”. Ressalva que “tem sido feito um trabalho de planificação, em rede, com as IPSS”.
GA!
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