O dirigente do PCP com percurso de intervenção e luta clandestina durante a ditadura, marcou presença no almoço comemorativo da Revolução de Outubro, promovido pela comissão concelhia de Guimarães, realizado neste Domingo.
A intervenção principal no almoço comemorativo que teve lugar no pavilhão do Grupo Cultural e Recreativo Os Trovadores do Cano esteve a cargo de Domingos Abrantes.
No seu discurso sublinhou: “Hoje não temos menos razões, temos mais razões para sermos comunistas, para lutar pelo ideal de libertação e emancipação dos trabalhadores. Passados 105 anos depois de Outubro estamos confrontados com a única alternativa: ou socialismo ou barbárie”, citando Rosa Luxemburgo.
O histórico dirigente comunista, que foi já deputado à Assembleia da República de 1976 a 1991 e fez parte do Conselho do Estado, deixou um alerta relativo à “ameaça de uma nova época fascista”. “É um perigo que deve ser tomado muito a sério, que deve ser combatido com energia, combatidas as políticas que condenam massas gigantescas a uma vida sem horizontes e que se tornam presas fáceis de soluções fascistas”, acautelou.
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“A história regista vários casos de revoluções que influenciaram e determinaram decisivamente a vida dos povos”.
Relativamente à Revolução de Outubro, motivo pelo qual a comissão concelhia de Guimarães organizou o almoço, Domingos Abrantes proclamou: “A história regista vários casos de revoluções que influenciaram e determinaram decisivamente a vida dos povos e a evolução do mundo, mas nenhum caso se assemelha à Revolução Bolchevique, pela sua natureza de classe, por ter elevado os explorados à condição de classe dominante e de, com o seu triunfo, ter aberto caminho para a construção de uma sociedade de novo tipo que proclamava como objectivo supremo a liquidação de todas as formas de exploração e opressão, aspiração milenária da humanidade”.
Em nome da comissão concelhia de Guimarães, Ana Monteiro saudou todos aqueles que participaram activamente na organização da iniciativa, salientando a importância política da mesma.
Na sua intervenção reiterou: “Celebramos a Revolução de Outubro pelo que projectou de profundas transformações no mundo, pelas suas realizações, conquistas e transformações a favor dos trabalhadores e dos povos”. “Renovamos nesta comemoração a nossa profunda convicção que ela permanece no seu acto libertador, como o grande empreendimento que continua a dizer-nos que outro mundo é possível!”, frisou no contexto do almoço comemorativo.
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