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Segunda-feira, Março 10, 2025

Câmara: “Foi um erro não dar prioridade à economia” acusou vereador do PSD

Economia

O desenvolvimento económico foi tema da reunião de Câmara, desta manhã. Bruno Fernandes, vereador do PSD, num tom de voz suave disse ao presidente da Câmara que devolver-lhe os poderes sobre a Divisão do Desenvolvimento Económico não trouxe “a nova dinâmica” que prometeu. 

Acentuou até que “o Município não deu prioridade a esta área”, um erro que, quando se ouviu “o isto agora é que vai andar”, ficou “pior do que estava”.

“Afinal o que era estratégico para o PS, deixou de o ser.”

No seu rol de críticas, o vereador do PSD justificou que “afinal o que era estratégico para o PS, deixou de o ser” porque não viu o Município como “parceiro das empresas”, e muito menos como “o motor para alavancar os projectos essenciais” para o concelho. E citou a fixação de empresas, a atracção de investimento, e até a falta de resposta às empresas que “se querem expandir”, falando do caso do Grupo Vapo que precisou de um terreno para a sua expansão e não o conseguiu. 

Como “ninguém se fixa, Guimarães encolhe” – defendeu Bruno Fernandes que elencou um conjunto de acções que foram anunciadas mas não concretizadas como a falta de novos parques empresariais, a não revisão do PDM atempadamente e de interlocutores “e rostos a dar a cara” e assumir um papel de parceiro, necessário para a confiança dos empresários que investem.

Domingos Bragança, considerou a questão apresentada pelo vereador social-democrata como “pertinente” e defendeu-se das críticas como “o temos avançado” para “criar condições que permitam o desenvolvimento a médio e longo prazo”.

Referiu um estudo da Escola de Economia da UMinho, ainda não concluído, que desmente “percepção negativa criada sobre a economia de Guimarães”.

“Não está frágil” – disse sobre o retrato da economia concelhia que será apresentado em breve. E justificou que “criou valor, embora tenha diminuído o volume de emprego”, defendendo que os sectores tradicionais do têxtil e do calçado “é formado, hoje, por empresas de base tecnológica, que passaram de base intensiva para conhecimento científico e intensivo”.

Admitiu esperar repercussões dos investimentos na ciência e na educação, e do facto de Guimarães ser “cidade universitária” com diversas instituições – da UMinho ao IPCA, da UNU à CESPU – que, por si só, assumem “relevo económico” e são espelho “da dimensão competitiva de Guimarães” que servem, também, os territórios mais próximos.

E espera resultados do facto de em 2014 e 2021 ter recusado “uma revisão simples do PDM – Plano Director Municipal – e do impulso que trarão os contratos de planeamento urbanístico já implementados e a implementar”.

“O parque só avançará com a revisão do PDM que libertará os terrenos necessários.”

Sobre a ainda não implementação do parque industrial na zona sul do concelho que Bruno Fernandes considerou não ter avançado sequer, o presidente da Câmara explicou que “o parque só avançará com a revisão do PDM que libertará os terrenos necessários”, tal como a falta de habitação que será contemplada com uma área maior.

Sobre o Grupo Vapo, mais recentemente vendido a um grupo económico, disse que “apresentamos diversas possibilidades”. Domingos Bragança justificou que depois compreendeu que “a Câmara estava a assumir um papel de mediadora – e não o é -”, admitindo apenas “indicar áreas disponíveis”.

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