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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Bruno Fernandes: preocupado com o desenvolvimento económico do concelho

Economia

Na reunião de Câmara desta Quinta-feira, presidida pela vice-presidente Adelina Pinto, na ausência de Domingos Bragança, a oposição abordou, novamente, a economia do concelho, nomeadamente o comércio e a indústria.

“A justificação é de que o concelho não está com a capacidade económica de manter os negócios que estão em funcionamento.”

O vereador do PSD, Bruno Fernandes, mostrou preocupações relativamente ao fecho de lojas no centro da cidade e deslocação de empresas do sector industrial. “Nós assistimos cada vez mais ao encerramento de lojas comerciais e esse encerramento tem uma justificação e a justificação é de que o concelho não está com a capacidade económica de manter os negócios que estão em funcionamento”, nota. O social-democrata atribui isto à “incapacidade que o concelho está a ter, e o Município em particular, de alavancar novos projectos de investimento”.

Relativamente à indústria, o argumento é semelhante: “Muitas das empresas existentes estão a aumentar as suas áreas de produção fora do nosso concelho, isto é, não se deslocalizam, mas parte das suas actividades vão para outros conselhos porque não têm aqui uma oferta ao nível das áreas de acolhimento empresarial”, explica Bruno Fernandes. O vereador acredita que esta é uma razão para não se fixarem residentes e não haver aumento dos salários. “O exemplo que dei do comércio no centro da cidade é um exemplo das consequências que tem esta ausência de estratégia de promoção do desenvolvimento económico do concelho, de criar aquilo que são chamados os custos de contexto, um ambiente favorável à fixação das empresas que depois, em consequência, vão gerar emprego vão gerar melhor emprego e melhor rendimento que depois tenha como repercussão as compras no comércio”, argumentou.

O social-democrata comparou a situação de Guimarães com Santo Tirso que tem, agora, uma agência de investimento, a Invest Santo Tirso, semelhante àquela que está programada para Guimarães. “Ainda estamos a discutir a agência, o melhor modelo para a agência de investimento quando todos os concelhos à nossa volta têm agências de investimento a trabalhar, a funcionar e com resultados práticos”, comentou.

Adelina Pinto (vice-presidente CM Guimarães). 📸 GA!

“Muitas lojas vão fechar naturalmente porque aquilo que elas estão a vender já não servem a uma população que é, obviamente, diferente.”

A vice-presidente da Câmara, Adelina Pinto, atribui a situação do comércio, em parte, às “alterações significativas na forma de estar e viver na cidade”. “Muitas lojas vão fechar naturalmente porque aquilo que elas estão a vender já não servem a uma população que é, obviamente, diferente. Outras porque, efectivamente, não conseguem agarrar e agregar”, explicou. Ainda assim, admite que o encerramento do comércio “é muito preocupante para Guimarães”. A vereadora assegurou que estão a trabalhar para abordar o problema, nomeadamente através do projecto dos Bairros Digitais e em colaboração com a ACTG (Associação do Comércio Tradicional de Guimarães) e com a AVH (Associação Vimaranense de Hotelaria) e com os privados.

Quanto à agência de investimento, afirma que estão a ser pensadas diversas hipóteses e estão a observar o que foi feito noutros municípios. “Temos chegado a algumas conclusões, nomeadamente, que há muitas agências que fazem, são externalizadas, mas fazem exactamente o mesmo que a nossa Divisão de Desenvolvimento Económico faz. E, portanto, só faz sentido fazer uma externalização se houver ganhos absolutos”, revelou.

No tema da indústria, Adelina Pinto argumenta que Guimarães tem “um número de empresas que continua a ser muito significativo”. A vice-presidente reconhece que têm que pensar na questão do espaço dos parques industriais, mas contra-argumenta: “Mas, por exemplo, hoje o contrato que veio aqui, será que aquele senhor quer ir para um parque? Não quer. Ele quer ficar no sítio onde está e alargar a empresa. Portanto, nós temos de ter um modelo flexível, adequado ao território e ao meio existente. Para dar respostas”.

📸 GA!

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