A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) manifestou grande satisfação pela assinatura do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, anunciado no dia 6 de Dezembro, em Montevidéu, Uruguai.
“Este pacto representa um marco histórico para o comércio internacional e abre novas perspectivas de crescimento para o sector têxtil e vestuário em Portugal” – salienta a ATP, num comunicado.
Explica a ATP que “este acordo é uma oportunidade estratégica para as empresas têxteis portuguesas, em particular no acesso ao mercado brasileiro, que é um dos mais dinâmicos da região e com o qual partilhamos uma forte ligação histórica e cultural. A eliminação de barreiras tarifárias permitirá às nossas empresas competir de forma mais equitativa e explorar o enorme potencial deste mercado”, afirmou o presidente da ATP.
Além de facilitar as exportações, o acordo reforça a competitividade das empresas portuguesas ao promover a simplificação dos procedimentos aduaneiros e garantir condições mais favoráveis para os produtos nacionais.
“Este acordo posiciona Portugal de forma vantajosa para responder a essa necessidade.”
“O Brasil apresenta uma procura crescente por têxteis e vestuário de qualidade, e este acordo posiciona Portugal de forma vantajosa para responder a essa necessidade”, acrescentou.
A ATP mostra-se empenhada em acompanhar de perto o processo de ratificação do acordo e assegurar que as empresas do sector possam aproveitar plenamente as oportunidades que este novo quadro comercial oferece. “Este é um momento de celebração, mas também de preparação estratégica para que o sector têxtil e vestuário português se consolide como um parceiro essencial no comércio entre a Europa e o Mercosul”, concluiu Mário Jorge Machado.
Porém, os franceses já disseram “não” a este acordo por causa do seu impacto na agricultura francesa, sobretudo na produção de carne.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esteve na Quinta-feira, em Montevidéu, para finalizar um acordo comercial com o Mercosul, formando um bloco económico com a maior dimensão mundial. Um acordo que anda há 25 anos para ser firmado.
O acordo entre a União Europeia e o Mercosul, sobretudo com os mercados do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, vale cerca de 25% da economia global e atingirá 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial.
A França, foi a primeira a manifestar-se contra este acordo, com o Carrefour e os ‘Mosqueteiros’ a apoiarem a luta dos agricultores gauleses.
Tudo porque a produção de carne oriunda da América do Sul não respeita as exigências e padrões da UE. A força da produção de carne de países como Brasil – produz mais carne bovina e de aves que toda a União Europeia junta, causa preocupações a nível europeu.
Para além da França, a Polónia, Áustria e outros países podem não estar em sintonia com todas as premissas do acordo fechado por Ursula Von der Leyen.
A França tenta conseguir que quatro países mais a Itália impeçam a ratificação do acordo comercial nas diversas instâncias da UE, nomeadamente no Conselho Europeu onde terá de haver uma maioria qualificada ou seja 55% dos países têm de concordar e esses terão de representar 65% da população da União.
A Itália está a ser aliciada pela França para não ratificar o acordo com o Mercosul com o actual articulado.
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