O seminário ‘Programas de Gestão Directa da Comissão Europeia: Que financiamentos no ciclo 2021-27?’, promovido pela CCDR-Norte, foi esclarecedor, crítico e pedagógico para as cerca de mil pessoas que nele participaram.
A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, descreveu-o mesmo “como a manhã mais proveitosa a que assisti nos últimos tempos”. Houve muita informação, ninguém deixou de “pôr o dedo na ferida” sobre a forma como os fundos têm sido aplicados em Portugal.
A qualidade dos oradores foi excelente porque todos sabiam do que estavam a falar; inclusive a participação de Jesus Gamallo Aller, da Fundação da Galiza deu notas sobre a colaboração que pode haver entre as regiões não apenas para a elaboração de programas conjuntos como até ao nível do lobie, através do escritório de Bruxelas da Fundação Galicia Europa.
Interessantes é o que se pode dizer das intervenções de técnicos da CCDR-Norte que tocaram em questões essenciais de como não se deve apenas ter a tentação de “sacar” dinheiro dos fundos mas enquadrá-los numa estratégia de valorização dos territórios e da própria Europa.
Com o Altice Forum Braga praticamente cheio, ninguém arredou pé antes do final do programa da manhã que se estendeu para além das 13 horas.
António Cunha, presidente da CCDR-Norte, recebeu elogios – justos – por proporcionar um evento que deixou perceber algumas realidades a que são alheias entidades e seus funcionários que não conhecem tudo sobre os fundos que a União Europeia disponibiliza aos seus estados-membros e às suas regiões.
“Estes programas constituem importantes oportunidades para alavancar o investimento no norte e no país.”
No seu discurso António Cunha disse que “estes programas constituem importantes oportunidades para alavancar o investimento no norte e no país”, por representarem oportunidades de investimento “que incidem em áreas muito diversas, desde a competitividade, a inovação e a criatividade, passando pelo ambiente, pelo emprego e inclusão social, até temáticas da cooperação europeia e internacional”.
E considerou importante “o novo modelo de organização interna (das comissões), que estará explanado nos estatutos que devem ser aprovados brevemente, possam contribuir para uma abordagem consequente na promoção do debate aberto com os actores regionais sobre o reposicionamento da região, nomeadamente no que diz respeito ao conhecimento e à participação em programas de gestão directa e da cooperação territorial europeia”.
A Ministra da Coesão Territorial defendeu que afinal, “há mais vida para além do PPR e do PT 2030”, numa clara alusão aos fundos que a União Europeia proporciona directamente. E que há necessidade, de todos quantos se candidatem, terem uma estratégia nas candidaturas que fazem, quando pedem apoios.
Realizaram-se, da parte da tarde, quatro sessões paralelas, dedicadas aos temas competitividade, tecnologia e inovação; cooperação europeia e internacional; criatividade, conectividade e ambiente, e ainda qualificação, emprego e inclusão social, foram apresentados cerca de 20 programas de financiamento.
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