O Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, esteve ontem presente na abertura e apresentação dos Encontros da Economia, que decorreram no Teatro Jordão. A primeira edição, organizada pelo Banco Português de Fomento, contou, ainda, com intervenções da presidente do banco, Celeste Hagatong, e do presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança.
Os Encontros da Economia são um programa de acções de proximidade, com periodicidade mensal, que privilegiam o contacto directo com os operadores económicos de todos os sectores, e que permitem conhecer em profundidade cada actividade, contribuir para resolver problemas e avançar o processo de transformação da economia. Esta primeira edição realizada em Guimarães tem como mote principal “INDÚSTRIA 4.0 e os desafios da internacionalização”, e a sessão debateu o tema da indústria que vive uma profunda transformação que impacta nos processos produtivos e nos modelos de negócio.
Na sessão de boas-vindas, Domingos Bragança foi o primeiro a intervir, começando por agradecer ao Ministro da Economia e do Mar a escolha de Guimarães. Nas suas declarações, o edil referiu que vivemos um “momento histórico” devido à “revolução do conhecimento” a que assistimos com a evolução da tecnologia, nomeadamente, a Inteligência Artificial e a Biotecnologia. No entanto, defende que “olhando para Guimarães e para o território, nós percebemos que aqui nós falamos sempre em industrialização e reindustrialização”. Para Domingos Bragança, essas organizações associadas ao tecido industrial “têm raíz no local, criam raíz”, ainda que “as organizações digitais também criem raiz, mas não todas, porque todos sabemos que podemos trabalhar de qualquer lado do mundo”.
“É neste polígono industrial, neste quadrilátero urbano, de Guimarães, Famalicão, Braga e Barcelos, que há uma estrutura industrial que o país tem que ter em conta.”
O autarca salientou, ainda que “é neste polígono industrial, neste quadrilátero urbano, de Guimarães, Famalicão, Braga e Barcelos, que há uma estrutura industrial que o país tem que ter em conta, e que tem que ter investimento público também e apoio às empresas que tem que ter em conta. Foi o senhor Ministro que trouxe para a agenda mais mediática este quadrilátero, e nós também sabemos disso”.
A presidente do Banco do Fomento reforçou a importância da instituição que preside, defendendo que “será central para que as empresas a operar em Portugal tenham à sua disposição instrumentos de capital e quase capital”. “Também uma atenção especial para as startups será dada pelo Banco de Fomento, através dos fundos de venture capital que já temos e através de uma nossa associada que participa, a Portugal Ventures”, reiterou.
“Ensinaram-nos que a tecnologia e a inovação foram sempre aspectos extremamente importantes na sua afirmação.”
Celeste Hagatong destacou, ainda, a região Norte, “em que o desfile empresarial é tão dinâmico, tem feito um notável e decisivo percurso nos últimos anos, desde os sectores mais tradicionais que se reinventam dia após dia e permanentemente, com crises, com covid, sem covid, acordos com a China, tanto faz, mas estão aqui cada vez mais na crista da onda. Ensinaram-nos que a tecnologia e a inovação foram sempre aspectos extremamente importantes na sua afirmação”.
📸 GA!
O Ministro da Economia e do Mar começou a sua intervenção justificando a escolha que fez relativamente a Guimarães. “Guimarães é uma cidade não só extraordinária como inspiradora”, afirmou, resumindo, depois, os 900 anos de história que Portugal irá completar daqui a 20 anos. António Costa Silva alegou que “nos últimos anos, temos uma espécie de incapacidade de acção colectiva, uma incapacidade de construir redes colaborativas, de construir plataformas colaborativas para a transformação, desde logo da economia”. Por isso, para o responsável governamental, “estes encontros, trazendo aqui os nossos organismos, que se apresentam aqui com muita humildade, para todos os operadores económicos, para identificar problemas, ver soluções, ver onde é que os projectos estão retidos, e, face a isso, encontrar uma via para continuar o desenvolvimento do país é absolutamente fulcral”.
António Costa Silva reforçou as palavras de Domingos Bragança, reiterando que “estamos a viver um momento único”, mencionando que “esta transformação está a se operar já em muitas das empresas do nosso país”.
“É por isso que eu acredito profundamente na potencialidade deste quadrilátero industrial.”
“E nós estamos exactamente sediados aqui neste quadrilátero industrial, com Guimarães, Braga, Famalicão, Barcelos, onde operam mais de 67 mil empresas, que dão trabalho a 300 mil pessoas, que são responsáveis por 11% das exportações do país, que são responsáveis por quase 5% do PIB nacional. E é por isso que eu acredito profundamente na potencialidade deste quadrilátero industrial”, declarou o Ministro. Neste seguimento, sublinhou que “os estudos de economia, as experiências económicas, demonstram com muita clareza que os países mais avançados do mundo, aqueles que criam prosperidade, são países em que existe um sector industrial forte”.
O Ministro lembrou que “a indústria gera saber”, realçando a associação da Universidade do Minho com o sistema empresarial desta zona do país. “Não é por acaso que também a Universidade do Minho está à frente, praticamente nestes últimos anos, no registro de patentes”. O governante revelou que “no ano 2022, Portugal apresentou 312 patentes, mais do dobro da média europeia, que foi de 150. E voltamos a crescer mais 6, de 7,6% ao nível do registro de patentes”.
O Ministro da Economia e do Mar terminou o seu discurso apelando: “Vamos construir o futuro juntos, tendo em conta que todos e cada um de nós tem de se interessar pelo futuro”.
📸 GA!
© 2023 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.