Do fascínio das cores, à sensibilidade no toque, dos materiais com que se fazem as peças que compõem o pacote de têxteis-lar, há o respeito pelo ambiente e as tendências com a sustentabilidade.
O Guimarães Home Fashion Week foi uma acção comercial inversa, o que na gíria do comércio internacional significa promover os têxteis-lar convidando potenciais compradores de vários países do mundo.
A acção insere-se no plano de internacionalização das empresas têxteis portugueses que a Associação Home From Portugal calendariza e que promove com o apoio do Compete, do Portugal 2020 e da União Europeia.
Nestes dois dias, a Pousada de Santa Marinha encheu-se para acolher empresas que montaram os seus stands pelo edifício e receber os compradores que chegaram a Portugal desde Segunda-feira.
Com natural esmero, as empresas e suas marcas mostraram as mais recentes criações, de roupa de cama e banho, lençóis, artigos de cozinha, num mar de cores vivas e segundo as tendências actuais.
Igualmente, apostaram na exibição de peças com um design que coloca o produto português entre os melhores do mundo, sendo notório o esforço de incorporação de produtos e fibras naturais, que tornam os artigos sensíveis ao corpo, mostram-se amigos do ambiente.
A inovação notou-se em todo o lado, a sustentabilidade passou a imagem de marca de todas as empresas, com a adopção de fios reciclados, de utilização de fibras naturais como o algodão orgânico, linho, canhâmo e várias misturas.
📸 Município de Guimarães
A Lasa, por exemplo, já segue os princípios da economia circular na produção dos seus artigos, de cama e felpos, utilizando misturas de poliéster reciclado – obtido a partir de garrafas de plástico capturadas no fundo do mar. Os artigos de mesa da Fateba utilizam ainda o jacquard, no processo de fabricação, o que lhes dá uma qualidade insofismável, com fios a partir de algodão puro e linho e suas misturas.
Neste imaginário do têxtil-lar acresce a certificação internacional dos produtos de têxtil-lar, bem visíveis em cada peça. Nota-se que há novas e exigentes certificações, factor que torna os produtos nacionais num ranking de qualidade bem reconhecida. E os torna fiáveis já não apenas aos olhos dos compradores como dos consumidores.
A certificação é abundante e responde também às exigências das empresas e dos seus empresários que acrescentam valor ao seu produto fazendo bem, com a marca Portugal que passou a ser respeitada nos mercados internacionais.
No âmbito da produção, começa a ser mais notada a utilização da água e do seu reaproveitamento, com projectos a serem evidenciados, a partir da cooperação do CITEVE com as empresas, parceiras na investigação e desenvolvimento.
Também, no sector comercial, o têxtil-lar se renova. Há gente nova nos contactos com os clientes, capazes de um desempenho comercial de alto nível, o que ajuda não apenas a captar a atenção do cliente, como a prestar-lhe atenção no serviço que também é uma força das empresas portuguesas.
Factos & Notas:
- António Salgado apresentou-se com a JMRodrigues, duas empresas que se complementam no mesmo grupo, reforçando a capacidade empresarial de um grupo que se expande.
- Também a Bestitch esteve lado a lado com a Bordalima, empresa adquirida recentemente, dando ainda maior dimensão ao grupo de Rui Machado e Ana Fernandes.
- Foram 58 as empresas e marcas portuguesas que marcaram presença neste Guimarães Home Fashion Week, sendo 35 de Guimarães, 42 da CIM do Ave, Vizela (3), de Famalicão (3), da Póvoa de Lanhoso (1), Santo Tirso (2), Barcelos (1) e as restantes de concelhos da região Norte e Centro.
- Com a mudança de governo, nenhum Ministro ou Secretário de Estado esteve presente. Só o AICEP e a Câmara Municipal de Guimarães, através do seu presidente, marcaram presença.
A Pousada de Santa Marinha, pese alguns constrangimentos de espaço, continua como espaço preferido da maioria dos expositores e visitantes, que oferece um cenário magnífico, num certame desta qualidade.
📸 Município de Guimarães
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