O Secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, esteve, hoje, na apresentação dos principais resultados do Estudo Sectorial realizado pelo Gabinete de Estratégia e Estudos, do Ministério da Economia e participou uma mesa-redonda com vários oradores da indústria têxtil e do vestuário portuguesa.
Defendeu na abertura que as empresas têm de “ter uma cultura transformadora e de melhoria contínua”, para além da qualidade, que “é um factor indiscutível”.
Ao elogiar a capacidade da fileira têxtil como um todo, João Rui Ferreira reconheceu a complexidade do sector que, mesmo assim, soube aproveitar os incentivos criados para investir. Foram “mais de 400 milhões de euros de incentivos aplicados no têxtil e vestuário, em projectos que estão totalmente alinhados com as preocupações actuais como a reciclabilidade, a criação de novos materiais entre outros”.
Disse, ainda que “ver a preocupação e sentir que podemos liderar nestes pontos, sobretudo na reciclagem, deixa-me muito satisfeito”. Também realçou que tal só é possível com trabalho colaborativo: “os projectos colaborativos são essenciais para multiplicar o investimento público. Em conjunto vamos conseguir melhores resultados sem ter de invadir a individualidade de cada empresa. Estou do vosso lado, num trabalho de abertura e proximidade”, reiterou.
O Secretário de Estado da Economia afirmou que o Estudo Sectorial 2030 é um ponto de partida daquilo que pode ser melhorado e valorizado. “É um estudo que combina dados estatísticos com uma visão estratégica, que implicou uma componente de interacção com o sector, nos seus vários elos, associações (como a ATP), centros tecnológicos (como o Citeve e CeNTI), de formação (como o Modatex), IAPMEI e as próprias empresas (como a Impetus e TMG)”.
Agora, “o desafio é criar uma perspectiva futura, porque tem de se partir de pontos intangíveis e não só dos dados que aqui veremos”. E justificou que, o segredo para o futuro da ITV reside no valor acrescentado, que se ramifica sob a forma de inovação tecnológica, proximidade ao consumidor, criação de marcas e diferenciação pela sustentabilidade.
João Rui Ferreira, dissertou ainda sobre os desafios: a demografia, a falta de mão-de-obra e a dependência de outros mercados, nomeadamente asiáticos. “Estamos dependentes de terceiros nas matérias-primas, é uma preocupação. Somos confrontados com a necessidade de políticas de comércio urgentes, no entanto, não nos podemos esquecer que as trocas comerciais são como uma estrada, isto é, se tivermos políticas restritivas para a entrada na Europa também vamos ter políticas restritivas à saída”, concluiu.
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