O vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), João Ferreira, veio reconhecer que Fábio Veríssimo e João Pinheiro avaliaram o lance – da grande penalidade que fez o resultado do Braga-Vitória – como um enorme erro.
“O agarrar por si não é falta, nenhum dos jogadores é impedido de chegar à bola. Erro claro e óbvio”, afirmou o vice-presidente do Conselho de Arbitragem (CA), acrescentando: “Os dois jogadores estão a segurar-se mutuamente, mas nenhum movimento impede que o outro se desloque. Na nossa opinião, este agarrar não é faltoso, é dentro do espírito do jogo”.
Esta afirmação consta de um artigo publicado, ontem, no Jornal de Notícias (JN) que relata as declarações daquele ex-árbitro e no qual é transcrito, também, o diálogo entre os dois árbitros que dirigiram o encontro, um no terreno e outro como VAR.
E resultam do que foi dito no programa da Sport TV ‘Juízo Final’, que analisa os áudios entre árbitro e VAR. As declarações do dirigente do Conselho de Arbitragem e a sua avaliação face às leis do jogo, não variam do julgamento popular e do espectador que viu o mesmo jogo na televisão. E que constata um erro crasso, de dois árbitros, cujo estatuto no futebol português é classificado como dos melhores ao serviço da modalidade.
Apesar desta declaração revelar – que nem tudo vai mal no reino do futebol nacional – a verdade é que ela se assume como uma justiça que tarda. E que não foi feita, nem pode ser revertida.
No futebol, não há recursos e a justiça é feita no relvado a mando de outros interesses que não os da verdade desportiva.
No relato que é feito do diálogo travado entre árbitro e VAR, há uma conclusão que se pode tirar: João Pinheiro atirou Fábio Veríssimo para uma decisão errada, como quem ‘atira a pedra e esconde a mão’.
O que foi dito também não deixa dúvidas e nem sequer pode ser entendido como uma percepção. Naquele jogo, o VAR tinha uma missão e aproveitou-a bem, apesar de estar melhor colocado do que o árbitro para analisar com frieza o lance e não o influenciar para um erro monumental.
Um outro pormenor: o diálogo Verissímo/Pinheiro é tão vulgar e próprio de quem julga impunemente. Só que com o ‘Juízo Final’ da Sport TV, árbitros e seus dirigentes devem ter mais cuidado com o que o dizem e com o que fazem.
Foto © FPF
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