Depois de se ter apresentado como “Henriques, o Conquistador”, só falta ao treinador do Vitória, fazer do jogo do Bessa, a sua Batalha de S. Mamede e a sua primeira noite vitoriana.
João Henriques, olha para o relógio, com a ansiedade natural do primeiro jogo que, como treinador, vai fazer no estádio do Bessa, na casa de um adversário que levou muito a sério a rivalidade clubística, no tempo em que Pimenta Machado era o presidente do Vitória e Valentim Loureiro era o presidente do Boavista.
O treinador reiterou o orgulho que sente por vestir preto e branco e com o emblema do Vitória ao peito.
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Agora, é só esperar para concretizar a sua ambição quando forem 20h15. E para se ver se as suas ideias se aplicam no relvado. Henriques quer mostrar “uma equipa competitiva”, e “agressiva” no que à posse de bola diz respeito, para a partir daí condicionar e surpreender o adversário.
Uma equipa “pragmática”, objectivamente interessada em criar “situações de finalização” e marcar mesmo, algumas delas, são as ideias que João Henriques leva para o Bessa, no seu livro de táctica para a sua primeira batalha. E onde consta a vontade e desejo de “procurar os três pontos”, não apenas no Bessa como noutros relvados.
O Boavista tal como o Vitória, é uma equipa com quase tudo de “novo”, treinador e jogadores à procura de processos de jogo estáveis e que rapidamente sejam aprendidos. Henriques sabe que nos três jogos anteriores, o Boavista esteve bem.
Num campo tradicionalmente difícil, João Henriques quer apresentar o seu Vitória, com “identidade própria”. Recordou a semana de trabalho que antevê este jogo, como um momento em que “aconteceram coisas positivas”, especificando que os jogadores, mostraram entender “as ideias” de jogo que entrarão no seu portfólio competitivo.
Tal como Tiago Mendes, também, João Henriques quer tempo e espaço para os jogadores assimilarem o que ele entende como o seu estilo de jogar, numa primeira Liga. Ou seja, ter presença na área adversária, defensivamente procurar a bola quando ela está na posse do adversário, jogar com objectividade, conquistar os três pontos.
No Bessa, já se sabe que não vão jogar Sacko e Mensah, ambos a contas com a Covid-19.
Convocados: Bruno Varela, Easah Suliman, Marcus Edwards, Denis Poha, Bruno Duarte, Ricardo Quaresma, André André, Rochinha, Pepelu, Jacob Maddox, Mikel Agu, Abou Ouattara, Jonas Carls, Sílvio, Matous Trmal, Jorge Fernandes, Zié Ouattara, Celton Biai, André Almeida, Noah Holm, Miguel Luís e Nicolas Janvier.
O treinador não chora por isso, e declara ter soluções no plantel para suprir estas carências com a mesma qualidade. “Estamos limitados nos laterais mas temos alternativas que nos dão confiança” – revela o treinador.
Curiosidades:
- O jogo de hoje será o 129º entre os dois clubes: o Boavista ganhou 43 e o Vitória 51, e em 34 as duas equipas empataram, em todas as competições do futebol nacional;
- Para o campeonato, em 108 jogos, o Boavista ganhou 35 e o Vitória 42, com o empate a registar-se em 31 jogos;
- O Vitória marcou em 78% dos jogos e sofreu golos em 72% dos jogos disputados com o Boavista;
- Entre 23 de Março de 1991 e 21 de Janeiro de 1995, o Vitória esteve nove jogos sem perder;
- A maior vitória do Boavista em casa, nos jogos com o Vitória, foi de 4-0, num campeonato da II Divisão, tal como em 1951/52 (já na I Divisão), o que dá o 4-0 como a maior goleada que o VSC sofreu;
- No Bessa, a maior goleada do VSC foi de 3-0 em 1978/79;
- O resultado típico de um Boavista-Vitória, foi de 1-1 que se registou em 13 jogos da história de rivalidade;
- O Boavista tem 32 jogadores inscritos: 6 são portugueses (19%), com uma média de idade de 24 anos, 1,83m de altura e 76 kg;
- O Vitória tem 37 jogadores: 9 portugueses (24%), com uma média de idade de 24 anos, 1,81m de altura e 74 kg;
- Os treinadores estão separados por 10 anos: Vasco Seabra tem 37 e João Henriques 47 anos;
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