Quatro foram de grande penalidade mas o jogo acabou com sete golos marcados, num jogo emotivo, vivo e com uma entrega extraordinária das duas equipas.
O Vitória-Tondela não foi um jogo qualquer. Mesmo que o 5-2 marque um desnível que resulta da competitividade em que assentou, o que se viu foi mesmo um bom jogo de futebol. Em todos os aspectos e não apenas nos golos apontados.
Os quatro golos – três de grande penalidade – com autores diferentes, marcados na 1ª parte, ilustram o labor das duas equipas que jogaram para ganhar.
Regista-se a competitividade, a prestação dos jogadores e até a exibição do árbitro Fábio Melo que saiu de Guimarães com nota positiva.
No aspecto puramente técnico e táctico, ambas as equipas utilizaram as suas armas: o Vitória com um futebol mais apoiado e focado na acção de Marcus Edwards que arrastava a equipa até à defesa contrária e o Tondela impondo um sistema de contra-ataque aproveitando o espaço livre nas costas da defesa vimaranense que várias vezes aproximaram a equipa beirã de um resultado mais volumoso.
Em termos de oportunidades perdidas, as equipas quase se igualaram porque se, ao intervalo, o 2-2 fosse um 4-4 não escandalizaria ninguém.
O Vitória antes de sofrer podia ter marcado, pois, começou o jogo ameaçando com os dribles e passes de Marcus Edwards na linha de fundo criando situações de apuro na baliza de Trigueira.
📸 Vitória SC
Só estavam jogados 26’ quando o Tondela naturalmente ostentava a vantagem de dois golos. Mas o Vitória queria também colorir a história da 1ª parte e foi em busca da igualdade que conseguiu aos 40’.
A reacção do Vitória revela a sua força moral, frente a uma equipa organizada, pragmática e forte no contra-ataque.
O que mudou na segunda parte? A sorte do jogo, a produção das duas equipas e a infelicidade do Tondela que aos 61’ passou a jogar com 10.
Porém, com 21 jogadores em campo, o jogo continuou e o Tondela começou a 2ª parte a importunar o Vitória e tentar desfazer a igualdade.
Num lance em que Bruno Duarte rematou dentro da grande área, Manu Hernando tentou desviar a bola mas esta bateu-lhe no braço e o árbitro apontou para a marca de grande penalidade. Marcus Edwards não falhou e colocou o Vitória em vantagem.
Já a perder, o Tondela poderia ter chegado ao 3-3 quando Dantas, depois de se isolar, numa jogada estudada, atirou ao lado.
Rafa Soares também isolado e só com Trigueira, a passe de Quaresma, não concretizou. E surgiu o 4-2, outra vez, por grande penalidade com Marcus Edwards a fazer o seu bis, prémio para uma exibição que pode fazer regressar o avançado para um nível que nos habituou na primeira época em que chegou a Guimarães.
Já num despique mais emocional e numa altura que o jogo se aproximava do fim, Rúben Lameiras isola-se num contra ataque e faz o 5-2, o resultado mais folgado e expressivo da temporada.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, João Ferreira, Abdul Mumin, Borevkovic, Rafa Soares, Tiago Silva, Tomás Händel (Bruno Duarte 45’), André Almeida (Nicolas Janvier 63’), Marcus Edwards (Rúben Lameiras 84’), Rochinha (Ricardo Quaresma 63’), Oscar Estupiñan (Alfa Semedo 74’).
Amarelos: Tomás Händel (8’), Borevkovic (14’), Abdul Mumin (45’).
Golos: Tiago Silva (32’), Estupiñan (41’), Marcus Edwards (62’ e 83’), Rúben Lameiras (88’).
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