Viveu com a vantagem e fartura de apenas um golo, sofreu o tal (golo) que muitos temiam colocando a eliminatória em 4-4 para chegar ao prolongamento com dor e sofrimento… E deixar prematuramente a Conference League.
Não faltou emoção, pura e dura: Bruno Varela brilhou mais e negou aos eslovenos a vantagem na eliminatória. Uma, duas e mais vezes… deixando os adeptos rendidos ao espectáculo mas incomodados com o sofrimento.
Chegar aos penalties, numa competição europeia, já tinha acontecido ao Vitória com o Viktovice e com o Beveren.
Num jogo em que estava tudo combinado para seguir em frente, a equipa de Moreno Teixeira deixou-se adormecer pela velocidade do NK Celje que, em pés de lã, construiu o golo que igualou a eliminatória, numa espécie de missão cumprida.
O Vitória entreteve-se com a bola, ameaçou mas não concretizou, fez substituições, ligou o turbo, numa viagem contra o tempo. E passou a jogar futebol quase no fim dos 97’ que o relógio marcava.
Uma nova equipa passou a abordar o jogo com Tiago Silva ao leme, chegou Nelson da Luz para dar velocidade ao corredor direito, mudou de ponta de lança mas Butzke não é André Silva.
O golo sorria mas não aparecia para desespero de 18639 espectadores que estavam nas bancadas do D. Afonso Henriques.
Bruno Varela impunha-se na baliza e evitando fortemente que o 0-1 passasse a dois ou três.
Apesar de ter abrandado, o jogo seguia num ritmo frenético com ambas as equipas a evitar a decisão por grandes penalidades.
O Vitória jogava e os eslovenos esgotavam as substituições: tinham sete no banco e só não entrou o guarda-redes suplente.
Varela, sempre ele, fazia mais uma defesa, jogava-se o 117’ minuto. O jogo continuava em suspenso, Tiago Silva fintava dentro da área, um e dois, e colocava em Zé Carlos no centro da área. Mas o lateral direito, não tem pé esquerdo.
Os cartões amarelos sucediam-se para um lado e para o outro: quatro para o Vitória e sete para o Celje.
O 4º árbitro mostra a placa de 1’ mais quando se chega aos 120’. A partida continuava em suspenso desde o apito final do árbitro, a contar do jogo disputado na Eslovénia.
E tudo continua em suspenso, agora por mais uns pontapés de grande penalidade. Nas bancadas a expectativa continuava latente. O Vitória só iria marcar golos no final, desperdiçando mais de 120’ para pelo menos garantir o empate e evitar este embaraço competitivo.
O Celje revela-se outra equipa, lutou até ao fim, aplicou-se em transições rápidas, utilizou 17 dos 18 jogadores que tinham no banco de suplentes.
Agora, no campo, nenhum jogador queria errar, permitindo aos guarda-redes a defesa ou atirando ao lado ou por cima dos postes.
Na baliza escolhida na bancada do Topo Norte – quase vazia – estava Bruno Varela e Denis Popović não falhou. Tiago Silva atira por cima. O Vitória continuava em branco… Nino Kouter permite que Varela defenda. Zé Carlos tenta a sua sorte e bate de forma fácil e, o golo não entra e o Vitória não marca; agora Lovro Bizjak chuta rasteiro mas a bola entra (2-0); Mikel Villanueva abre, finalmente, o marcado (1-2). E todos olham para Varela e para o remate forte de Matic Vrbanec (1-3); Bruno Gaspar marca (2-3) e tudo continua em suspenso; David Zec acaba com as pretensões europeias do Vitória com Bruno Varela ainda a bater com a mão na bola.
O NK Celje celebra a passagem com apenas cinco adeptos na bancada e o Vitória regressa aos balneários com a sensação amarga de, depois do que fez na Eslovénia, ter desperdiçado esta oportunidade perante os seus adeptos…
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Mamadou Tounkara (Jorge Fernandes 67’), André Amaro, Mikel Villanueva, Miguel Maga (Bruno Gaspar 106’), Tomás Händel, João Mendes (Tiago Silva 60’), Dani Silva, Afonso Freitas, André Silva (Adrián Butzke 59’), Jota Silva (Nelson da Luz 67’).
Amarelos: André Silva (35’), Jota Silva (41’), Mamadou Tounkara (43’), Jorge Fernandes (92’).
Golos (grande penalidade): Mikel Villanueva, Bruno Gaspar.
📸 GA!
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