Uma análise global aos estudos anuais realizados pela Tempo Livre, através do seu Centro de Estudos do Desporto, à prática desportiva federada no concelho de Guimarães nas últimas cinco épocas desportivas (2017/18 a 2021/22), demonstra que o crescimento do número de praticantes tem sido regular e sustentado, com excepção da época desportiva de 2020/21, fortemente afectada pela pandemia covid-19.
Guimarães regista mais 1405 praticantes federados, em cinco anos, o que se traduz num crescimento global de 21,02%, sendo particularmente significativo o aumento percentual de praticantes do género feminino. Em 2022 existem mais 606 praticantes femininos, representando um crescimento de 70,14%. Relativamente ao número de praticantes masculinos o aumento foi de 16,66% no mesmo período.
No que diz respeito às modalidades mais praticadas, o futebol assume destaque, agregando quase 50% dos praticantes federados do concelho de Guimarães. Em 2021/22 eram 3804 os praticantes de futebol, o que representa um número recorde na modalidade. Outras modalidades como a ginástica (+940%), judo (+336%), atletismo (+121%), ténis (+78%), tiro (+52%), futsal (38%) e padel (37%), também tiveram aumentos significativos de praticantes durante estes cinco anos. Em sentido contrário, modalidades como o golfe (-68%), râguebi (-42%), hóquei em patins (-62%) e natação (-28%), viram o número de praticantes diminuir consideravelmente.
Analisando especificamente a realidade feminina, observam-se mudanças relevantes nas tendências de prática desde 2017/18, onde o voleibol, patinagem, karaté e ciclismo se encontravam no topo das preferências. Cinco anos depois, para além do voleibol, são a ginástica, o futebol e o andebol que reúnem maior número de praticantes femininos no concelho de Guimarães. Ainda assim, e apesar do crescimento muito relevante da prática feminina, continua a observar-se em Guimarães uma diferença considerável entre a prática masculina (81,82%) e a prática feminina (18,18%). Estes números também divergem da média nacional, onde a prática feminina é de 27,9%.
Avaliando o escalão etário, mantém-se uma diminuição progressiva no número de praticantes nos escalões de formação, desde os sub-10/11 até ao escalão de juniores. É precisamente nos escalões de seniores e veteranos que se observa o maior crescimento de praticantes, que quase duplicou em cinco anos. Dados que poderão estar relacionados não só com o abandono precoce da prática desportiva, mas também com uma tendência acentuada de envelhecimento da população vimaranense. Se em 2001, Guimarães era o município mais jovem do Ave e Cávado (só atrás de Vizela) com um Índice de Envelhecimento (IE) de 52,0, os dados mais recentes de 2021 demonstram que já foi ultrapassado por Barcelos, Braga, Esposende e Famalicão nesta categoria, sendo o Índice de Envelhecimento actual e 161,5.
📸 GA!
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