O jogo com o Belenenses SAD pode aparentar ser um jogo fácil mas não vá “o diabo tecê-las”, o melhor é precaver surpresas e jogar como se existisse apenas um resultado, ou seja, o triunfo, para conquistar.
Jogar com os últimos, neste caso o B SAD, não pode deixar o Vitória ser um pai dos pobres repetidamente. E vai daí deixar fugir pontos que já não salvarão o adversário da descida será uma grande desilusão. Ao invés, os três pontos para o conjunto de Pepa significaria voltar a repetir os triunfos e situar o Vitória com o 5º lugar à mercê, uma vez que os seus adversários começam a dar sinais que o lugar europeu, afinal, não é para eles.
Também, jogar para ganhar – e ganhar – significava que os jogadores são capazes de outras façanhas e que estabilizam emoções e exibições num plano mais próximo da realidade, e acima de clubes cujos propósitos e objectivos seguramente não estão alinhados – nem preparados – com as competições europeias.
Só amanhã se verá se tal como diz o treinador esta não é mais uma oportunidade perdida, num jogo no Jamor, onde o Vitória já foi feliz e num relvado renovado sem as anomalias da época passada.
O treinador, espera “continuidade”, tal como tem dito desde o início da época, quando faz o jogo seguinte depois de um triunfo. O conseguido com o Braga só pode dar motivação e se somado com novo triunfo, consolida o crescimento que Pepa reconhece à equipa ter conseguido mais remotamente.
BELENENSES SAD – VITÓRIA SC | 13 FEVEREIRO 18H SportTV
Na conferência de imprensa, de hoje, declarou que gostaria de ver a equipa crescer, assim a modos, “como os nossos filhos, que vão crescendo e andando”. Mas a resposta tem de ser dada por si e por quem ele escolhe, a cada semana, para o jogo seguinte.
É verdade quando diz que “temos andado numa luta tremenda pela regularidade”. Mas a equipa tem de mostrar resiliência e espírito de conquista para ganhar a guerra e não ir ganhando uma batalha e outra. Antes de mais uma jornada, Pepa insiste no uso do “temos”. Mas o vigor que é preciso devia fazê-lo mudar de verbo e a dizer que agora é ou “vai ou racha”. Já se sabe que a equipa tem de ser competitiva, não pode deixar ao acaso a sorte do jogo. E as palavras ditas têm de corresponder a acções concretizadas.
Pepa tem de ser exigente, o suficiente, para que em campo, os jogadores ganhem os jogos e não estejam próximos de ganhar os jogos. Admitiu que o B SAD está em dificuldades, como toda a gente vê e a classificação espelha. Mas deve prevenir-se contra “os momentos de viragem” que a equipa azul possa pensar fazer. E não faça neste jogo.
Mais que fazer cenários à base do “queremos” e do “temos”, isso é conversa de adepto, o treinador tem de ser um conquistador e ter um plano de guerra. Só assim, como ele diz, pode evitar que “o Vitória ande na montanha russa”, em altos e baixos insistentes e permanentes.
Espera dificuldades do B SAD. Mas todas as equipas, em Portugal, são capazes de fazer um, dois ou três em que coloquem dificuldades aos antagonistas. Só que o Vitória tem de saber contornar essas dificuldades, evidenciando estatuto europeu e não se limitando a cair na vulgaridade das equipas que jogam para não descer de divisão e qualquer lugar acima da linha de água serve para andar a militar no campeonato principal do futebol português.
Pepa utiliza, insistentemente, as mesmas palavras, os mesmos verbos e os mesmos conceitos. Agora é hora de mudar de palavras e praticar acções, mudar os tempos do verbo, do queremos vencer para o vamos vencer. E alterar conceito e fazer valer o estatuto do Vitória às equipas que estão do 5º lugar para baixo.
Só assim provará, como disse na conferência de imprensa que “estamos preparados para tudo” frase que perigosamente pode não ser ganhar contra uma equipa que está mais que despedaçada. E o Vitória só depende si, da vontade dos jogadores e da táctica do treinador porque os adeptos lá estarão na bancada, reforçados com os candidatos das listas que vão disputar as eleições.
O treinador do Vitória declarou que “temos de nos agarrar ao que controlamos e colocar os limites da intensidade no limite”. E então porque não. “Vamos estar muito fortes” deixando entender que ao pisar o relvado do Jamor ganhar é o primeiro e o maior de todos os objectivos da equipa.
“Cada vez faltam menos jogos e não temos tempo para errar”.
Por isso, e se sabe que “cada vez faltam menos jogos e não temos tempo para errar”, que o lugar europeu significa estabilizar o clube numa posição que é sua, só ele sabe como evitar mais um “exemplo de falta de atitude competitiva” e evidenciar com clareza que “não temos tempo para isso”.
GRÁFICO DE FORMA VITÓRIA SC:
Nesta altura do campeonato, o tempo de experiências e acertos já passou, o Vitória tem de se envolver num manto de estabilidade e revelar que “a serenidade e a atitude competitiva” são factores essenciais ao triunfo que os adeptos esperam.
A sorte conquista-se e não é resultado de erros, de golos falhados, de passes errados. E sair de campo com “a sensação de que poderíamos ter feito mais” não é para o Vitória. Este clube não é para fracos e muito menos para velhos.
Mesmo sem quatro titulares, do jogo com o Braga, os jovens voltam a ter mais oportunidades para, integrando o plantel, mostrarem o que valem, nos treinos e agora nos jogos. Isso sim, é crescimento, renovação e vontade de conquistas porque no Jamor serão 11 contra 11 mas no fim quem deve ganhar é o Vitória. Pepa insiste em dizer que nunca repetiu mais de duas vezes, o mesmo onze. E qual o problema, se diz ter jogadores preparados para substituir titulares? Até é bom porque assim fica com uma visão mais completa do plantel que escolheu ou ajudou construir. Até para fazer opções de futuro.
O Vitória vê-se privado de quatro dos titulares da última partida, algo que para Pepa, apesar de ser algo atípico, é uma oportunidade para os jovens da equipa. “Tem acontecido com muita frequência, mas não podemos fazer nada. São oportunidades para outros. Daí a importância de durante a semana estarem todos preparados. Eu digo que isto vai dar para todos. Está a ser uma época muito atípica. Lembro-me de repetir o onze só por duas vezes. É difícil, não é o ideal, mas temos de olhar pelo lado positivo, pelas oportunidades que surgem para os jovens” – sustentou.
“O Vitória tem de ser respeitado e no nosso entender não houve esse respeito”.
O treinador vitoriano abordou, ainda, a suspensão de Miguel Maga. “Não me quero alongar muito. Concordo como o comunicado do clube. Há uma coisa que não consigo compreender. Há três elementos que podem escrever relatório, o árbitro, os delegados ao jogo e a polícia. Neste caso, houve uma queixa. Quando há uma queixa tem de se investigar, ouvir o jogador e procurar perceber o que se passou. Isto é a mesma coisa que alguém ser julgado sem ser ouvido para se defender. Castigar desta forma, além de me parecer ilegal, não consigo compreender. O Vitória tem de ser respeitado e no nosso entender não houve esse respeito. Além disso, penso que houve alguma ilegalidade, mas sou treinador e não advogado. Já falamos internamente com o jogador, mostramos o que pode e não pode fazer” – concluiu.
📸 Vitória SC
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