Foi mais uma história bonita, escrita no capítulo europeu, de uma temporada cujo sucesso continua.
Agora, num patamar mais exigente, a equipa vitoriana deu a melhor resposta, contra a sua congénere sevilhana que ainda há pouco tinha ganho ao Real Madrid.
A posse de bola, maior do que a do adversário, evidencia a ambição dos jogadores, mostra a sua personalidade, a sua coragem e frieza – porque jogaram sem qualquer medo – espelha a solidariedade que a distingue. E revela o carácter dos seus jogadores que jogam com alegria, aplicação, um talento escondido que germina à sombra do Castelo de Guimarães.
Com o Betis, o Vitória marcou dois golos – em dois jogos da época 2013/14 não havia marcado nenhum – e deu “uma resposta cabal do que vale e pode valer ainda mais esta equipa” – como afirmou Luís Freire, no final da partida.
Em nada, a equipa foi inferior ao adversário, que joga num estádio imponente. Em termos de oportunidades – Hevertton Santos (37’), teve nos seus pés, à frente do guardião contrário – a mais flagrante para iniciar o marcador, num passe de classe de João Mendes; Embaló tinha iniciado as hostilidades numa jogada com João Miguel Mendes.
Claro, num bom jogo de futebol Bruno Varela teve uma ‘sapatada’ na bola quando se esperava o golo, adiando o primeiro do Betis.
Depois do intervalo, veio o melhor do jogo: quatro golos que dão lustro a um encontro competitivo e equilibrado.
O Betis marcou por Bakambu (47’) numa jogada ‘confusa’ iniciada por Isco que cruzou para a área. A bola bateu no pé de Toni Borevković e voltou a Isco que cabeceou para Bakambu iniciar o marcador.
Mas a reacção do Vitória foi pronta e João Mendes acordou com um remate ao seu estilo, à entrada da área, colocado, calando os adeptos espanhóis. Um regresso aos seus velhos tempos.
Num jogo sereno mas emotivo, Bakambu tocou de calcanhar junto de Bruno Varela e a bola foi ao poste, anunciando o golo de Isco (75’) concretizado numa jogada pela direita e com um cruzamento para o meio da área onde o internacional espanhol rematou de primeira e colocado.
Temia-se uma derrota mas com a mesma frieza e serenidade, o Vitória continuou a jogar indiferente ao resultado desfavorável.
E Nélson Oliveira (81’) sacrificado na frente, mostrou a sua veia de ponta-de-lança, depois de receber um passe de João Miguel Mendes que lhe deu a bola e rodou para a esquerda rematando de forma precisa.
Estava de novo plantada a igualdade, um resultado aceitável face ao desempenho das duas equipas. Luís Freire admitia que esta reviravolta no marcador é fruto da “mentalidade dos seus jogadores”. Foi dizendo “gosto dessa atitude porque os jogadores mostram gostar de jogar, procuram soluções para marcar e quando isso acontece toda a gente fica bem”.
Face ao resultado, ao facto de jogar com novos no onze e elogiando-os por terem “dado uma boa resposta” e por terem esperado pela oportunidade que teriam, Luís Freire deixou claro que “confio em todos e todos se preparam para jogar”, elogiando a equipa “mais competitiva”, recordando que o Vitória tem jogado como jogadores que “foram aparecendo ao longo da época” e que aceitam o desafio de partilharem da “ambição” que é marca de toda a equipa.
O treinador do Vitória, disse também que no próximo jogo no estádio D. Afonso Henriques “não há favoritos” mesmo que o Betis tenha “jogadores e um treinador mundialmente conhecidos”.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Hevertton Santos (Miguel Maga 66’), Toni Borevković, Mikel Villanueva, João Miguel Mendes, Tiago Silva, Tomás Händel, João Mendes (Samu Silva 66’), Umaro Embaló (Telmo Arcanjo 76’), Nuno Santos, Nélson Oliveira (Dieu Michel 88’).
Golos: João Mendes (51’), Nélson Oliveira (81’).
Foto © Vitória SC
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