A mudança no comando técnico, na equipa profissional do Vitória foi uma operação com execução rápida.
O ex-treinador do Vizela e Estoril já tinha no presidente António Miguel Cardoso um admirador e quiçá seguidor.
Foi o substituto de Paulo Turra no banco de suplentes da Vitória SAD, depois de na mesma época e em sete jornadas Moreno Teixeira ter começado a época e João Aroso ter feito a transição para Turra.
Uma vertiginosa sucessão de treinadores em tão pouco espaço de tempo. O presidente António Miguel Cardoso explica que Pacheco “dá-nos garantias para fazer uma época forte”, como antevê porque o contrato do treinador vai durar mais uma época e meia, até final da época 2024/25.
Esta confiança tem como base a admiração que o presidente sentia há muito tempo por Álvaro Pacheco.
A apresentação foi feita, no final de uma operação que começou logo após o jogo com o Estoril terminar. Apesar de ter ganho, Turra ‘não foi perdoado’ por atitudes anteriores, as quais têm a ver com a falta de liderança e a ausência de autoridade perante alguns jogadores que não gostavam dos seus métodos.
Foi neste ambiente que o novo treinador apareceu aos jornalistas, entre “beijos e abraços” e sorrisos rasgados, envergando um boné preto – uma das cores do clube – e colocando um cachecol.
Importava ultrapassar rapidamente a crise e Álvaro era o escolhido para unir o grupo primeiro e motivar a equipa para ganhar depois em Famalicão.
“Na altura da saída do mister Moreno já gostávamos do mister Álvaro. A convicção no seu trabalho não é de agora, mas estava a trabalhar no Estoril pelo que não equacionámos isso. Fomos buscar um treinador que nos dá garantias para fazer uma época forte, construindo um futuro com mais força” – faz fé o presidente.
António Miguel Cardoso também justificou a rapidez da sua decisão adoptada depois pelo conselho de administração, “uma capacidade” da Vitória SAD.
Lembrou, aliás, a contratação de Moreno, “na época passada acreditámos nele e mantivemo-nos fiéis a ele, mesmo com a contestação dos associados”.
Desta forma, o novo treinador que já começou a trabalhar esta tarde, para além de admirado e desejado é, também, o mais capaz para o actual momento vitoriano. E o homem certo para terminar esta época e começar outra, com um contrato a terminar a meio da época de 2025. Recebeu elogios do presidente pela sua liderança e capacidade como treinador.
Sem hesitar e parecendo firme na sua decisão, António Miguel Cardoso sublinhou que “temos de ter capacidade para tomar decisões consoante vão aparecendo os momentos”. E justifica que “tivemos de reagir, com total confiança no que estávamos a fazer”.
“Em breve vamos ter estabilidade e arrancar para uma grande época.”
E com mais detalhe: “a equipa evoluiu, mérito ao mister Paulo Turra”, porém “sentimos, que as coisas não estavam bem e que era preciso corrigir, pelo que não tivemos receio. É preciso uma liderança e decidimos”. Registou ainda que “este é um momento conturbado, mas em breve vamos ter estabilidade e arrancar para uma grande época. Não podemos ter medo de tomar decisões”.
Como um general sem medo, António Miguel Cardoso vincou que “era confortável não fazer nada, mas esta administração do Vitória veio para liderar e para que o clube possa ter muitos mais títulos nos próximos 100 anos e sentimos que as coisas não estão bem, corrigimos”.
Agora, o futuro, o presidente redefiniu-o e parece ter reforçado a crença na sua liderança: “queremos um caminho para o Vitória”, um caminho em que “temos de continuar a somar pontos com este equilíbrio para continuar a crescer no médio, longo prazo”.
Reconheceu que a saída de Paulo Turra provocou algum “ruído” sobretudo quando se “tomam decisões deste tipo”. E deu notas para que se pudesse entender porque Turra foi dispensado.
“Achámos que era muito importante, além das suas competências, que o novo treinador trouxesse rendimento físico e liderança; era preciso que essa liderança existisse no balneário, no dia a dia da equipa de futebol profissional; em alguns momentos, nestes últimos dias, essa liderança enfraqueceu e sentimos que já não existia caminho”.
Como “estamos aqui para decidir, para corrigir quando é preciso, convidamos Álvaro Pacheco que assume o comando da equipa principal” com um compromisso válido até 2025.
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