O Centro Cultural Vila Flor volta a encher-se de música, este ano com uma programação exclusivamente nacional.
O festival Manta começa hoje. Revelando-se todos os anos como o grande portal que abre a nova temporada cultural, traz uma 15ª edição marcada pela originalidade de quatro projectos que atravessam estéticas e gerações diversas.
Ao contrário do esperado e previamente anunciado, os concertos não se realizarão nos jardins do Palácio Vila Flor. À semelhança do ano passado, os espectáculos passarão para o auditório do CCVF, devido às previsões climatéricas, explica Rui Torrinha, director artístico do equipamento cultural.
As primeiras notas ressoam com Mariana Bragada sob nome artístico Meta_ (hoje, 21h30) que, depois de ter participado nas residências do Westway LAB, regressa a Guimarães para apresentar material de composição original, explorando a essência das raízes (de Trás-os-Montes, de onde é natural, e da América do Sul, a partir de viagens) para criar caminhos sem fronteiras entre histórias e fantasias com a partilha de uma conexão com a memória ancestral e a música electrónica. Fazendo uso da sua voz, loopstation, drum machine e adufe, Meta_ traz consigo Sara Grenha e Sara Brandão para este concerto para unir vozes.
Rodrigo Leão surgirá no palco do Manta, às 22h30, para plantar outro momento de contemplação com o seu Cinema Project, trabalho que conta com a participação de um coro juvenil, acompanhado pela sua banda habitual.
Rodrigo Leão Cinema Project reúne repertório dos três discos editados em 2020 e 2021 (“O Método”, “Avis 2020” e “A Estranha Beleza da Vida”), assim como uma selecção de temas clássicos do compositor. O final da noite será entregue a Jubilee para um DJ set que terá início às 23h30 e perdurará até às 02h00.
Preservando a tradição recente de dedicar uma parte do seu programa a um público mais jovem, o dia 10 de Setembro (Sábado) começará com o concerto dos Tranglomango a ser apresentado às 15h30.
Com uma formação instrumental clássica do rock à qual se junta um acordeão, este grupo deixa-se influenciar pela música tradicional portuguesa como mote para a prática de um som que funde estilos contrastantes.
“Virgínia” (2018), o seu último álbum, espelha a viagem que fizeram desde o seu primeiro trabalho em 2015, revestidos pelo imaginário popular e a tradição como ponto de partida.
Nesta noite de Sábado, o auditório dará palco a duas das mais bem-sucedidas propostas na arte de escrever canções. Noiserv (21h30) abrirá a viagem sonora da segunda noite.
Criado pelo músico David Santos, o seu percurso tem sido marcado pela criação de canções capazes de atingir cada indivíduo na sua intimidade, relembrando-lhe vivências, momentos e memórias intrincadas entre a realidade e o sonho.
“Uma Palavra Começada Por N” assume um tom mais confessional que os registos anteriores e aproxima-se ainda mais do ouvinte através da sonoridade que sempre o caracterizou, aliada à sua língua materna.
A jornada encantatória desta noite prossegue com a dupla Sean Riley e The Legendary Tigerman (22h30) que, a partir de uma viagem com rota inicial inspirada na beat generation cujo destino seria Tânger, acabaria por rumar ao sul de Espanha e escrever um disco juntos, esse mesmo que vêm apresentar no Centro Cultural Vila Flor.
A viagem a realizar no Manta 2022 será conduzida pela voz e guitarra de Afonso Rodrigues (Sean Riley) na companhia de Paulo Furtado (The Legendary Tigerman) com modular synthesizers, mellotron e guitarra, juntamente com as teclas de Filipe Costa. À semelhança do dia anterior, o público poderá vibrar ao som de um DJ set às mãos de Isidro Lisboa entre as 23h30 e as 02h00.
Como já é habitual, o evento contará com entrada gratuita e, este ano, sem limitações ligadas à pandemia.
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