Apesar do calor e da hora, cada número do programa tem o seu universo de apaixonados, em que públicos diversos, apreciam as várias propostas concebidas para quatro dias de festim.
Hoje, as Gualterianas chegam ao fim, com a Marcha a suscitar todas as atenções, por entre um conjunto de propostas onde é notório o peso da tradição e a traça de uma história cultural que perdura.
Esta raiz que se tornou matriz ao longo dos anos, fazem das Festas da Cidade, umas festas para os que cá estão. Daí que cada um veja o quer: os arraiais populares, com os grupos de bombos da raia de Guimarães, as corridas de cavalos, os cantares ao desafio, tendências de uma ruralidade em que assentam as origens das Gualterianas.
Depois, é música ligeira, de cantores nacionais, nos quais os mais jovens se revêm, a par do despique de bandas musicais, a marcar um novo devir com um reportório menos clássico e mais actual.
O fado e o folclore ganharam o seu espaço, satisfazendo caprichos dos que adoram este tipo de música, exibido em praças e lugares mais redutores como os recantos da cidade.
No fundo, as Festas da Cidade tendem a ser encontros de cidadãos, de comunhão de culturas, de exaltação de tradições, de animação e música.
E assim se dá força à marca Gualterianas que segue um modelo de festa baseado no que foram os cartazes de antanho e os melhores episódios de uma cidade que já foi rural e que evoca a feira do gado, os cantares ao desafio, os bombos na rua, às corridas de cavalos e as festividades religiosas como a Procissão de São Gualter, como sinais de outros tempos que vão perdurando.
O programa é um fato à medida para uma cerimónia destinada a todos os públicos, envolvendo a música ligeira com artistas de palco nacional, o fado e o povoamento de praças e espaços públicos com essas actividades, numa urbe por vezes queimada por um calor abrasador.
As Gualterianas não são sinal de evolução porque o manter substitui o ousar, o ser tradicional defende a raiz e a matriz de uma festa que só em algumas facetas se liga à modernidade e à contemporaneidade.
Por isso e por norma, as Gualterianas são para os vimaranenses que não saem – nem podem sair, por razões económicas – do burgo em tempo de férias, apostam na crendice popular e cumprem a sua função de animar a cidade, todos os anos, com ou sem festa de flores.
Logo, às 22 horas, os nove carros que dão força e vida à Marcha Gualteriana – um símbolo do bairrismo – evidencia associações como o Centro Social de Brito, que com o carro da Cidade ilustra a igreja de São Francisco, um dos esteios do património edificado de Guimarães; há referências ao Teatro Português, aos Escoteiros, ao Egipto Antigo – uma pérola de memórias de uma civilização marcante da história do Mundo; e Harry Potter e o seu mundo mágico tão do agrado dos mais jovens.
Também, o carro de ‘A Princesa e o Sapo’, levam-nos ao universo dos sonhos, num desfile onde não faltarão números vivos, bonecos electrificados, ranchos folclóricos, tunas, grupos de bombos e apresentações episódicas de algumas associações.
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